O primeiro título de sempre do Chile não podia ter sido mais sofrido

Na final da Copa América, a selecção chilena derrotou a Argentina, mas precisou de ir aos penáltis para festejar. Messi continua sem poder exibir um troféu com a camisola da selecção albiceleste.

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Alexis Sanchez, autor do penálti que deu a Copa América ao Chile Marcos Brindicci/Reuters
O Chile tirou o troféu a Lionel Messi e companhia
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O Chile tirou o troféu a Lionel Messi e companhia Henry Romero/Reuters
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A expectativa argentina MARTIN BERNETTI/AFP
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O início da festa chilena MARTIN BERNETTI/AFP
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O início da festa chilena MARTIN BERNETTI/AFP
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Claudio Bravo, um dos heróis do Chile JUAN MABROMATA/AFP
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Um penálti convertido pelos chilenos JUAN MABROMATA/AFP
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O início da festa chilena Jorge Adorno/Reuters
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O desalento de Higuain Marcos Brindicci/Reuters
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A expectativa argentina NELSON ALMEIDA/AFP
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O início da festa chilena Henry Romero/Reuters

O Chile não está habituado a ganhar. Futebolisticamente é uma daquelas nações que alimenta grandes ilusões, algumas vezes chega perto do sonho, mas nunca foi capaz de o agarrar. Até este sábado. Treinada por um argentino — Jorge Sampaoli — a selecção chilena derrotou, precisamente, a Argentina, vencendo a sua primeira Copa América em quase um século de existência desta prova. E teve que ser nos penáltis (4-1) — onde só Messi marcou para os argentinos — depois de um nulo nos 90’ e no prolongamento.

O astro argentino, craque do futebol mundial, continua sem vencer um título ao serviço da principal selecção do seu país. A Argentina falhou a conquista de um troféu que já venceu por 14 vezes, mas que não ganha há 22 anos, exactamente o tempo que leva sem ganhar um título internacional. Aliás, desde essa data, os argentinos estiveram em seis finais, tendo perdido todas.

Já o Chile, que nunca tinha derrotado a Argentina numa final e que em 37 duelos não particulares tinha um histórico de 27 derrotas e apenas um triunfo com os seus vizinhos (registaram-se ainda nove empates), chega a um inédito título continental, garantindo ainda o apuramento automático para a próxima edição da Taça das Confederações.

O jogo disputado no Estádio Nacional (onde a selecção da casa não perdia há 10 encontros) não ficará na memória pela sua espectacularidade. Disputado sempre com muita garra de parte a parte foram escassas as ocasiões de golo durante os 90 minutos regulamentares e os 30 de prolongamento. O Chile, apesar de tudo, fez mais para vencer, embora a Argentina (com menos 24 horas de recuperação em relação às meias-finais) se possa lamentar da saída forçada, devido a lesão, de Di María logo aos 28’.

No primeiro tempo, um cabeceamento de Agüero que obrigou Claudio Bravo a uma defesa apertada, foi a pedrada no charco. Na segunda parte, teve que se esperar pelo derradeiro suspiro da partida para que se visse a grande perdida dos 90’: um contra-ataque veloz conduzido por Messi (muito apagado nesta final), mereceu um cruzamento rasgado de Lavezzi, com a bola a seguir rasteira até Higuaín que, já em esforço, não conseguiu melhor do que desviá-la para a rede lateral da baliza chilena.

No instante seguinte, o árbitro apitou para o fim do encontro, confirmando-se o prolongamento (onde fisicamente a Argentina sofreu bastante) que podia ter sentenciado o desfecho da final se Alexis Sánchez tivesse aproveitado melhor o falhanço de Mascherano — só que o chileno rematou por cima da barra quando estava na cara de Romero.

A decisão resvalou para os penáltis onde Messi foi o único argentino a cumprir com a sua obrigação, enquanto nos chilenos ninguém vacilou. O penálti decisivo pertenceu a Alexis Sánchez que fez a bola entrar na baliza adversária devagar, dando tempo a todo um país para saborear um momento histórico.

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