Administração da Pharol pede AG para aprovar processos contra ex-administradores

Decisão de investimento em papel comercial da Rioforte pode chegar a tribunal.

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Luís Palha da Silva, presidente da Pharol Público

O conselho de administração da Pharol, nova designação da PT SGPS, anunciou nesta quarta-feira que vai pedir a convocação de uma assembleia geral para votar o avanço de processos em tribunal contra alguns ex-administradores da empresa, pelo seu envolvimento nas operação de subscrição de papel comercial da Rioforte, de que resultou uma perda de 897 milhões de euros.

Esta decisão, comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), já tinha sido anunciada a 27 de Maio, pela anterior administração, que também decidiu avançar com um processo contra a Deloitte, que auditou as contas da empresa até 2014, por causa do mesmo investimento em papel comercial na Rioforte, do Grupo Espírito Santo.

No pedido de assembleia-geral de accionistas, que irá realizar-se a 31 de Julho, a administração propõe que na ordem de trabalhos inclua “a propositura de acção de responsabilidade contra todos e quaisquer administradores eleitos para o triénio de 2012/2014 e que tenham violado deveres legais, fiduciários e/ou contratuais, entre outros, quer por acção, quer por omissão, pelos danos causados à Pharol SGPS, em consequência e/ou relacionados com os investimentos em instrumentos de dívida emitidos por entidades integrantes do Grupo Espírito Santo".

Embora não sejam referidos nomes, estão associados ao investimento ruinoso os ex-administradores Zeinal Bava (ex-presidente executivo) Henrique Granadeiro (antigo chairman), Luís Pacheco de Melo (ex-administrador financeiro), e Amílcar Morais Pires (antigo administrador do BES e da PT)

A decisão do Conselho de administração, presidido por Luís Palha da Silva, foi tomada em reunião realizada na terça-feira, refere o comunicado. A perda gerada pelo investimento na Rioforte, que se encontra em liquidação, gerou uma forte desvalorização da PT SGPS, obrigando a uma renegociação dos termos de combinação de negócios com a brasileira Oi.

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