Mota-Engil garantiu financiamento de 95 milhões em obrigações

Procura de novas obrigações superou em 1,42 vezes a oferta.

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Gonçalo Moura Martins é o CEO do grupo Fernando Veludo/NFactos

A Mota-Engil concluiu a emissão de obrigações com êxito, garantindo um financiamento de 95 milhões de euros até Fevereiro de 2020, o que correspondeu ao montante previsto.

Realizada numa conjuntura de alguma incerteza nos mercados, gerada pela crise grega, a que se junta algum abrandamento de algumas economias onde a empresa tem negócios, a subscrição de novas obrigações registou uma procura de 1,42 vezes a oferta, que compensou a menor procura da oferta pública de troca (OPT) de títulos que venciam em 2016 por outros com a maturidade de 2020.

Na oferta pública de subscrição estava prevista a emissão de 140 mil novas obrigações, no valor de 70 milhões de euros, mas o montante foi alargado para 148.355 novas obrigações, no montante de 74,17 milhões de euros , de forma a compensar a OPT. Nesta segunda componente da operação, em vez dos 25 milhões de euros previstos, o grupo de construção acabou por garantir 20,82 milhões. A adesão ficou-se pelos 83,3% dos títulos previstos.

Na emissão de obrigações agora concluída, no valor nominal unitário de 500 euros, o grupo de construção ofereceu uma taxa bruta de 3,9% ao ano, durante quatro anos e sete meses.

O juro oferecido é idêntico para os novos subscritores e para a OPT. Nesta troca, cada obrigação foi trocado por uma nova obrigação e um prémio em numerário de 14,64 euros. Na emissão que vence em 2016, o juro oferecido é de 6,85%, o que ajuda a explicar a fraca adesão dos investidores à troca.

Em comentário aos resultados, a Mota-Engil refere que, “no seu conjunto, a emissão cumpriu com todos os objectivos estabelecidos, permitindo ao grupo refinanciar a sua actividade e a expansão internacional, assim como alargar a maturidade da dívida, concretizando o encaixe de 95 milhões de Euros”.

A Mota-Engil concluiu o último exercício com um volume de negócios 2368 milhões de euros, dos quais 1772 milhões de euros, ou 74,8%, foram realizados fora de Portugal.

Nas três principais geografias onde actua, Europa, África e América Latina, a vertente africana é a que tem maior peso nos negócios do grupo, ao totalizar 1062 milhões de euros (45%), e foi onde se verificou um crescimento de 5,2%. De acordo com a informação divulgada pela empresa, as regiões de África e da América Latina contribuíram em 68% para as vendas e prestação de serviços em 2014, acima dos 62% registados em 2013.

O mercado a registar maior crescimento foi o da  América Latina, com um crescimento de 26,1%, para um total de 537 milhões. Na Europa, o aumento ficou-se por 2,2% para 931 milhões de euros.

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