Facebook diz que não consegue cumprir ordem de tribunal holandês

Tribunal quer que rede social permita que seja verificado nos seus servidores que um vídeo sexual de uma mulher foi apagado.

Foto
Thierry Roge/AFP

O Facebook alegou que não pode cumprir a ordem determinada pelo Tribunal Distrital de Amesterdão de ajudar a identificar quem divulgou um vídeo sexual de uma mulher holandesa na rede social, sem o seu consentimento, num caso de pornografia de vingança.

O utilizador anónimo do Facebook apagou a sua conta e o vídeo, filmado em 2011, pouco depois de ter divulgado as imagens na rede social em Janeiro deste ano. Apesar de o vídeo ter sido apagado, foram feitas cópias que acabaram a circular na Internet.

A mulher que aparece no vídeo decidiu levar o Facebook a tribunal, que indicou na semana passada que mesmo que o vídeo tenha sido apagado cerca de uma hora depois de ter sido publicado, deveria permitir que um especialista externo à rede social acedesse aos seus servidores para o verificar.

"O Facebook tem a obrigação legal de fornecer as informações porque a pessoa em causa, desconhecida, agiu ilegalmente e as informações não podem ser obtidas noutro lugar", indicou uma nota do tribunal. "Se o Facebook continuar a afirmar que todos os dados que poderiam levar à identificação da pessoa foram definitivamente apagados dos seus servidores e não são rastreáveis, isso deve ser confirmado por uma entidade independente", sublinhou o tribunal.

Numa nota citada pela BBC, o Facebook, que apaga os dados dos utilizadores 90 dias após o encerramento de uma conta, avançou esta segunda-feira que a conta do utilizador anónimo foi apagada antes de ter sido feito qualquer pedido sobre dados dessa pessoa, “por isso toda a informação sobre este foi removida dos servidores de acordo com os nossos termos e aplicação da lei”.

A rede social afirma estar solidária com a vítima, apenas identificada como Chantal, de 21 anos, e diz apoiar o seu argumento de que este tipo de imagens ou vídeos divulgados sem consentimento sejam retirados do Facebook.

O vídeo, no qual a mulher é reconhecível, foi feito por um antigo namorado, quando ambos eram menores. O homem nega qualquer envolvimento na publicação do vídeo.

Sugerir correcção
Comentar