Lesados do BES identificam responsáveis do banco acompanhados da polícia

Clientes que compraram papel comercial do GES avançam com acções judiciais por burla qualificada.

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Solução apresentada abrange apenas alguns produtos dos ex-clientes do BES

Vários lesados com a compra de papel comercial do GES entraram hoje acompanhados pela polícia nas instalações do Novo Banco, em Lisboa, para identificar os responsáveis do BES que querem acusar em tribunal de burla qualificada.

Em grupos de três, cumprindo a ordem da polícia, os lesados começaram às 12:30 horas a identificação dos gestores, subdirectores e directores de agência, directores regionais e directores de zona que, directa ou indirectamente, estiveram envolvidos na colocação de papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) na rede de retalho.

"Os clientes que foram burlados entraram no banco para identificar os responsáveis contra quem vão interpor uma acção judicial por burla qualificada", contou à agência Lusa Pedro Martins, um dos lesados com a compra de papel comercial aos balcões do BES.

A identificação dos responsáveis do banco contra quem os lesados querem interpor acções já começou na semana passada em Lisboa e nalguma zonas do norte dos país, segundo Pedro Martins, que disse também que o objectivo é fazer prova em tribunal de que o papel comercial foi vendido como sendo um produto seguro.

"Alguns clientes têm provas, incluindo documentos que mostram que o produto foi vendido pelo banco com não tendo risco", explicou Pedro Martins.

Ao todo, acrescentou, são centenas os responsáveis do BES a identificar, incluindo os membros da administração BES.

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