Dívida directa do Estado nos 220.340 milhões em Abril

Um terço do stock da dívida corresponde ao empréstimo da troika.

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Cristina Casalinho (ao centro) lidera o IGCP Daniel Rocha

O stock da dívida directa do Estado ascendia em Abril a 220.342 milhões de euros, menos 499 milhões do que no mês anterior, mostram dados publicados nesta segunda-feira pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP.

A ligeira queda, de 0,2%, deve-se sobretudo à redução do saldo de obrigações do Tesouro, associada à operação de troca de dívida realizada nesse mês.

A troca permitiu adiar a amortização de títulos de dívida que venciam em 2017 e 2018 para 2014 e 2030, num valor de 3872 milhões de euros. O IGCP, liderado por Cristina Casalinho, lembra ainda que efectuadas recompras de dívida num total de 58 milhões de euros, ao mesmo tempo em que se realizaram leilões de dívida de curto prazo que compensaram a amortização de dívida.

Dos 220.342 milhões de euros, 73.993 milhões são dívida e encargos relacionados com o empréstimo da troika: 27.328 milhões correspondem a stock dos empréstimos do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), 24.300 milhões a dívida a reembolsar ao Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF) e os restantes 22.365 a pagar ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

A maturidade média dos 78.110 milhões que totalizaram empréstimos garantidos pelas instituições europeias e pelo FMI é agora de 15,7%, tendo já em conta o refinanciamento previsto para os empréstimos europeus e o reembolso antecipado que Portugal já concretizou junto do FMI. A taxa de juro média calculada pelo IGCP é de 2,9% (2,1% do FEEF, 3% do MEEF e 4,6%do FMI), considerando os juros e as comissões associadas.

No final do ano passado, a dívida directa ascendia a 217.126 milhões de euros, o equivalente a 125,5% do PIB. Já a dívida das administrações públicas, que traduz as responsabilidades brutas, correspondia a 225.280 milhões de euros, ou seja, 130,2% do PIB.

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