PSD e CDS podem vir a ter candidato antes das legislativas

Maioria admite antecipar apoio a candidato presidencial antes de Setembro ou Outubro.

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O PSD e o CDS admitem vir a apoiar um candidato presidencial antes das legislativas. A hipótese está no acordo apresentado pelos dois partidos aos órgãos nacionais.

No texto, PSD e CDS comprometem-se a dialogar no sentido de “preferencialmente após as eleições legislativas”, apoiarem um candidato em comum à eleição presidencial de 2016. O advérbio de modo “preferencialmente” não constava do compromisso assinado no sábado passado pelos dois líderes Passos Coelho e Paulo Portas.

PSD e CDS sempre remeteram as presidenciais de 2016 para depois das legislativas, mas agora reconhecem que a questão pode ter de ser resolvida mais cedo. Na área política da maioria, já começam a sentir-se as movimentações. Marcelo Rebelo de Sousa remeteu a sua decisão para depois das legislativas, mas Rui Rio admite que já pensa nas presidenciais.

À esquerda, estão confirmados Henrique Neto e Sampaio da Nóvoa. As reuniões partidárias do PSD e do CDS acontecem no mesmo dia da apresentação da candidatura a Belém de Sampaio da Nóvoa, mas o porta-voz do PSD rejeitou qualquer tentativa de apagar a iniciativa do ex-reitor.

Aos militantes do PSD, o líder do partido Pedro Passos Coelho reafirmou o discurso que tem vindo a fazer para justificar a coligação com o CDS. Os dois partidos coligados têm mais hipóteses de conquistar uma maioria absoluta, defendeu.

O acordo aprovado pela comissão política nacional do PSD e do CDS define que as listas de deputados são formadas à luz dos resultados de 2011, distrito a distrito, e prometem incluir “figuras independentes”.

Com o objectivo de garantir um Governo “estável e maioritário” para os próximos quatro anos, a coligação PSD/CDS terá grupos parlamentares autónomos.

Marco António Costa, em declarações aos jornalistas, não quis colocar o cenário do desfecho da coligação no pós-eleições, em caso de derrota. Questionado sobre o que está previsto no acordo entre os dois partidos em caso de derrota eleitoral, o dirigente social-democrata respondeu: “O compromisso é ganhar as eleições, temos dificuldade em fazer compromissos para perder as eleições”. 

 

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