A Liga dos Campeões ficou muito perto

Sporting vence em Moreira de Cónegos, no regresso de Montero aos golos, e pede garantir a Champions já na próxima jornada

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Montero e Tanaka, uma dupla que valeu três golos em Moreira de Cónegos MIGUEL RIOPA/AFP

Seja um ponto ganho por si ou um ponto perdido pelo Sporting de Braga, é do que o Sporting precisa para garantir, pelo menos, o terceiro lugar e consequente apuramento para o "play-off" da Liga dos Campeões da próxima época, depois de ter triunfado nesta segunda-feira em Moreira de Cónegos por 4-1 frente ao Moreirense, em jogo da 30.ª jornada da liga portuguesa.

Apesar de matematicamente ainda poder chegar aos dois primeiros lugares, o terceiro é o objectivo mais realista e que pode ser alcançado já na próxima ronda caso os “leões” consigam, no mínimo, um empate na recepção ao Nacional, ou que os bracarenses, que estão a 12 pontos, não vençam na deslocação a Paços de Ferreira. Se ambas as equipas, que ainda se vão defrontar na penúltima jornada, fizerem os mesmos pontos, também serve os propósitos do Sporting.

Para defrontar o sempre incómodo Moreirense, que até esteve perto de vencer em Alvalade na primeira volta, Marco Silva até mudou mais a equipa do que as ausências por lesão e castigo exigiam, a começar pela presença no “onze” de uma dupla pouco experimentada no ataque, Montero e Tanaka, uma aposta declaradamente ofensiva que implicou a ausência de Adrien e João Mário, com André Martins a fazer companhia a William. Carrillo também ficou no banco, tal como Miguel Lopes, com os seus lugares ocupados por Cédric e Carlos Mané.

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O primeiro sinal de perigo pertenceu à equipa de Miguel Leal, com João Pedro a rematar não muito longe da baliza de Rui Patrício, após um passe em profundidade. Tinha passado menos de um minuto. Menos de 60 segundos depois, a bola estava no fundo da baliza contrária. A jogada começa em Jefferson, que faz o passe para Montero. O colombiano faz a assistência para Mané, que só teve de encostar, sendo que o jogador “leonino” parece estar um pouco adiantado em relação ao penúltimo defesa dos minhotos.

Ao golo madrugador seguiu-se meia-hora de tédio, com o Moreirense a mostrar até alguma vontade em reagir ao golo, mas sem grande engenho para o fazer. Aos 34’, Montero deu literalmente um pontapé na monotonia ao concluir de forma acrobática uma jogada que passou pelos pés de Mané, Tanaka, Nani e Cédric. Foi o regresso aos golos do avançado colombiano, que já não marcava há dois meses e meio. O 3-0 chegou no minuto seguinte, um remate fácil de Tanaka, após assistência de Montero. Mais um golo a provar a tremenda eficácia do japonês.

Depois da aparente tranquilidade “leonina”, vieram os sobressaltos. O Moreirense parece ter razão para se queixar da arbitragem, com um fora-de-jogo mal assinalado a Lucas Souza aos 40’ numa jogada que acabou na baliza do Sporting. O golo surgiria mesmo aos 42’, com Leandro a aproveitar da melhor maneira um duplo erro da defesa do Sporting, primeiro um mau alivio de William, depois, um cabeceamento falhado de Paulo Oliveira.

Como já acontecera em outras ocasiões, os “leões” intranquilizaram-se, o Moreirense aproveitou e cresceu, uma tendência que se estendeu para um bom pedaço da segunda parte. Mas a equipa da casa, já com a manutenção assegurada, não se conseguiu aproximar-se mais e foi o Sporting a dar mais colorido ao resultado, com Montero a fazer o 4-1 aos 85', após cruzamento de Capel.

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