PS ignora coligação

Foto
António Costa pretende ser presidente da AML Enric Vives-Rubio

Ainda antes de saber o que se iria passar num hotel de Lisboa, o principal partido da oposição já fazia saber que não tencionava reagir ao anúncio de entendimento entre os dois partidos da direita. Com uma agenda preenchida pela sessão solene no Parlamento e a homenagem aos deputados socialistas que integraram a assembleia constituinte, o PS optou por deixar PSD e CDS a falarem sozinhos.

Assim, António Costa preferiu deixar que a agenda socialista ficasse antes marcada pelas suas reacções ao discurso de apelo ao consenso de Cavaco Silva, lembrando que ao Presidente da República "não cabia definir programas de Governo, mas sim garantir e fazer cumprir a Constituição".

No entanto, quando os dois partidos da direita não tinham ainda revelado a iniciativa, o líder socialista já havia abordado a questão de possíveis alianças.  "As eleições são um momento de escolhas e, como há 40 anos se dizia, o voto é a arma do povo, porque o voto decide, permitindo fazer diferente ou o mesmo - e 40 anos depois o fundamental para que os cidadãos voltem a acreditar que vale a pena votar é que as eleições permitam escolher entre diferenças", advogou.

Também o PCP comunicou que não iria alterar os seus planos devido ao anúncio, admitindo contudo que o secretário-geral comunista pudesse vir a comentar nos próximos dias a decisão dos partidos que suportam o actual Governo.

 

Sugerir correcção
Ler 3 comentários