Google oferece visita virtual a prisão onde Mandela esteve detido 18 anos

Celas, corredores e torres de vigia da antiga ilha-prisão podem ser visitados à distância.

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O Google permite desde esta semana visitar online a cadeia de Robben Island, onde Nelson Mandela passou 18 dos 27 anos em que esteve preso. Através de um smartphone ou tablet, é possível percorrer virtualmente corredores, celas e as torres de vigia da prisão onde estiveram presos alguns dos principais nomes da luta contra o apartheid na África do Sul.

Durante anos, foi preciso viajar de barco desde o cais da Cidade do Cabo até à ilha-prisão, que fez parte de quase duas décadas da história de vida de Mandela e de outros membros do ANC, o partido que liderou a luta contra a segregação racial no país africano.

O Google estabeleceu recentemente uma parceria com o Museu de Robben Island, que se tornou Património da Humanidade em 1999, e o Centro em Memória de Nelson Mandela para que a antiga ilha-prisão pudesse ser visitada à distância por qualquer pessoa.

A partir de agora é possível visitar a 466/64, a cela exígua onde Mandela esteve detido em Robben Island, que desde a sua construção serviu, além de prisão de segurança máxima, como colónia para leprosos e hospital psiquiátrico. Além do aspecto actual da cela, o visitante pode ver fotografias da 466/64 de quando Mandela ali esteve preso.

Através da galeria Maps e da página Cultural Institute é possível percorrer outras partes de Robben Island, a partir de imagens panorâmicas ou de fotografias acompanhadas de pequenos textos que explicam a história de todos os cantos da ilha sul-africana.

Uma das características mais interessantes da visita virtual é a possibilidade de ver e ouvir alguns dos antigos presos de Robben Island contarem as suas experiências enquanto prisioneiros do regime apartheid.

“Antes um símbolo do regime opressivo do apartheid, Robben Island é agora um memorial sobre um espírito humano irreprimível em busca pela liberdade. Esperamos que tenha um momento para viajar no tempo para explorar e se inspirar com a história de esperança e humanidade da ilha”, escreve o Google no anúncio da visita virtual.

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