Os fabricantes de automóveis BMW e Jaguar/Land Rover assinaram um acordo com a gigante chinesa do comércio online Alibaba, que protagonizou em Setembro a maior entrada em bolsa de sempre, para vender carros na China através da Internet.
Segundo um comunicado da empresa chinesa, citado pela Efe, os três parceiros assinaram na quarta-feira o acordo na capital económica da China, onde se realiza esta semana o Salão Automóvel de Xangai.
A filial para o sector automóvel do grupo chinês, a Alibaba Automotive, foi criada no princípio deste mês com a intenção de reunir numa só entidade as suas operações. A isto somam-se as actividades de vendas de carros no TMall.com, o seu site principal de empresas para consumidores, assim como de veículos usados no Taobao.com, e as suas plataformas de financiamento para a aquisição de carros.
A BMW e Mini assinaram um memorando de entendimento com Alibaba, no qual a Mini, marca do grupo BMW, terá no TMall.com uma plataforma para venda dos seus modelos na China. A Mini compromete-se a vender primeiro os seus novos modelos no site e só mais tarde aos concessionários, enquanto a Alibaba Automotive ajudará no desenvolvimento e gestão de serviços da plataforma.
Por outro lado, a Jaguar/Land Rover assinou um memorando semelhante com a Alibaba, sendo que a empresa chinesa vai ajudar as marcas britânicas na análise de dados em actividades de comércio electrónico e assistência ao cliente através da Internet na China.
Na semana passada, a Alibaba Automotive assinou um acordo com a Shanghai GM, a empresa mista entre a General Motors e o maior fabricante estatal da China, a Corporação Industrial Automobilística de Xangai (SAIC), para colaborar em produtos de financiamento, pós-venda e análise de big data.
Em Março, a Alibaba também assinou com a própria SAIC, que também é o sócio no país do grupo Volkswagen, um acordo para construir carros com ligação à internet.
Em 2014, foram vendidos 120 mil veículos através do TMall, enquanto a Alibaba Automotive tem alianças com quase 50 marcas e 10 mil concessionários, oferecendo serviços a cerca de 60 milhões de condutores chineses.
