Livre/Tempo de Avançar faz referendo sobre presidenciais

Livre mudou de nome para albergar convergência na candidatura às legislativas.

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O Livre/Tempo de Avançar vai realizar um referendo interno para escolher qual candidato a Presidente da República vai apoiar. O momento em que será feito e os moldes em que decorrerá não estão ainda decididos, mas a decisão de referendar a escolha presidencial foi aprovada este domingo no segundo Congresso do Livre.

Aprovada por unanimidade pelo Congresso foi a mudança do nome do partido que passa a chamar-se Livre/Tempo de Avançar, incorporando assim a expressão Tempo de Avançar, nome do movimento de cidadãos que inclui associações como a Manifesto de Ana Drago e Daniel Oliveira, bem como a Refundação Comunista de Cipriano Justo.

Este congresso abriu um processo de alterações estatutárias que durará dois meses e, no quadro da candidatura cidadã Livre/Tempo de Avançar.

Ao PÚBLICO Rui Tavares considerou que a unanimidade na mudança de nome para possibilitar uma candidatura ampla e aberta a outros movimentos é “um acto de maturidade de um partido que tem um ano e que sempre disse que estava aberto à convergência”

Dentro de dois meses, o Livre realiza outro congresso, este já político, onde além das alterações pontuais aos estatutos, haverá tomadas de posição sobre o programa eleitoral e intervenções de convidados de outros partidos.

O Congresso aprovou também um voto de pesar pela morte de 700 refugiados no Mediterrâneo. Nesse voto o Livre comprometesse a lutar para que as políticas europeias para os refugiados mudem.

Ronda de contactos

Para já, o Livre vai dar início a uma ronda de contactos com os partidos com assento parlamentar para ver a sua disponibilidade para subscrever as propostas da “agenda inadiável” anti-austeridade que a comissão coordenadora do partido aprovou no passado fim de semana.

Afastada está, definitivamente, qualquer coligação pré-eleitoral, afirmou ao PÚBLICO o coordenador Rui Tavares. “A nossa estratégia eleitoral é uma candidatura cidadã e não vai mudar. É precisamente por isso que avançamos com este desafio aos partidos anti-austeridade para uma agenda inadiável, para dar garantias aos eleitores de que os problemas mais prementes da sociedade portuguesa vão ter resposta”, garantiu Rui Tavares.

 

 

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