Mais de 300 mil pessoas já terão morrido na Síria

A ONG que desde 2011 conta as vítimas do conflito já registou 222.271 mortes, mas sabe que os números são superiores.

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Mais de cem mil mortos do conflito são civis Karam al-Masri/AFP

Pelo menos 220 mil pessoas morreram desde o início da revolução que contesta a liderança de Bashar al-Assad, em Março de 2011, e que entretanto se transformou numa sangrenta guerra civil. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) confirmou até agora 222.271 mortes, incluindo 104.629 civis, 11.021 destes crianças e 7049 mulheres.

Este último balanço foi apresentado pelo director do OSDH, Rami Abdel Rahman, à agência AFP. A declaração surgiu no mesmo dia em que foi publicado um comunicado no site da OSDH, onde esta organização não-governamental com sede em Londres mas uma vasta rede de activistas e médicos no terreno apresenta uma lista pormenorizada do número das vítimas mortais do conflito sírio.

É ainda revelada a contabilização de 39.848 mortes de opositores ao regime de Bashar al-Assad, entre soldados desertores e milícias rebeldes, e de 28.253 mortes de jihadistas estrangeiros, afectos ao autoproclamado Estado Islâmico, que conquistou vastas zonas de território e tem o seu principal bastião em Raqqa, no Nordeste da Síria.

Do lado das forças apoiantes do regime, o OSDH revela um total de 46.843 mortes registadas, sendo 34.872 o número de soldados das forças de defesa nacionais sírias, 682 o de membros do grupo libanês xiita Hezbollah e 2844 o de combatentes xiitas vindos de outros países.

A ONG alerta ainda que na sua contabilidade não estão incluídos os desaparecidos nem os prisioneiros e reféns das várias forças em conflito, pelo que estima um número aproximado de 310.000 mortos.

No mesmo comunicado, a organização alerta que o “silêncio da comunidade internacional sobre os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade” que estão a ser cometidos na Síria é um factor de encorajamento para mais mortes e mais crimes. A “perda de esperança” do OSDH na capacidade de resposta do resto do mundo não retira, porém, as aspirações da organização de contribuir activamente para o fim da violência no país.

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