IGCP confirma emissões de dívida de longo prazo no segundo trimestre

Calendário dos próximos três meses prevê emissões de Obrigações do Tesouro (OT) através de operações sindicadas e leilões.

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Cristina Casalinho é a presidente do IGCP Daniel Rocha

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) está a planear novas emissões sindicadas de obrigações do Tesouro (OT) no segundo trimestre do ano. No calendário com as linhas de actuação para os próximos três meses, divulgado nesta segunda-feira, o IGCP esclarece que prevê realizar “emissões de OT através da combinação de sindicatos e leilões, sendo esperadas colocações de 1000 a 1250 milhões de euros por leilão”.

O comunicado não adianta quanto é que o IGCP prevê colocar no trimestre, mas é expectável que a agência liderada por Cristina Casalinho abra uma nova série de OT, já que estas emissões apoiadas pelos bancos são usadas para colocar o maior montante de dívida no arranque de novas linhas de financiamento.

Portugal irá realizar estas emissões numa altura em que o Banco Central Europeu (BCE) tem estado a comprar dívida soberana dos vários países do euro, o que tem feito descer as respectivas taxas de juro, incluindo as de Portugal.

As emissões sindicadas oferecem aos emitentes maiores garantias de sucesso na colocação, mas têm a desvantagem de ter custos de intermediação mais elevados.

No calendário do IGCP para o segundo trimestre contam-se também seis operações de emissão de dívida de curto prazo. A entidade liderada por Cristina Casalinho planeia realizar seis operações de colocação de Bilhetes do Tesouro (BT): duas por mês, com maturidades a três, seis, 11 e 12 meses. As duas primeiras reaberturas estão agendadas para 15 de Abril, com maturidades a três e 11 meses, e montantes indicativos de mil a 1250 milhões de euros.

Seguir-se-ão, a 20 de Maio, duas novas reaberturas (a seis e 12 meses) e outras duas a 17 de Junho (a três e 11 meses), com os mesmos montantes indicativos, refere o IGCP no comunicado, notando que “acompanhará activamente a evolução das condições de mercado, podendo introduzir ajustamentos às presentes linhas de actuação”.

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