O Brasil de Dunga continua perfeito

Na reedição da final do Mundial de 1998, brasileiros derrotaram a França por 3-1.

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Luiz Gustavo marcou o terceiro golo do Brasil Charles Platiau/Reuters

Era um reencontro com sabor a história. Pelo local, pelas equipas e pelo nome. Sem a carga competitiva de há 17 anos, repetia-se a final do Mundial de 1998, entre França e Brasil, no Stade de France, em Saint.Denis, e com aqueles que eram na altura capitães como seleccionadores das suas selecções. Desta vez, Didier Deschamps e Dunga não se cumprimentaram no centro do relvado, mas nas linhas laterais antes deste particular entre franceses e brasileiros. E o resultado também foi diferente do dessa final. Se em 98 ganharam os "azuis", desta vez, ganharam os "canarinhos" por 2-1.

Dunga e Deschamps estavam no banco e outros protagonistas do passado, como Zidane e Ronaldo estava nas bancadas. Este era o jogo de Neymar e Benzema, as maiores “estrelas” do presente para franceses e brasileiros e também rivais por força das equipas que representam (Barcelona e Real Madrid, respectivamente). Cantaram-se os hinos, cumpriu-se um minuto de silêncio em memória das vítimas do voo da Germanwings que se despenhou nos Alpes e, durante 90 minutos, houve um regresso ao passado.

Tal como acontecera nessa final de 1998, a França marcou primeiro. Aos 21’, Valbuena marca o canto e Varane, de cabeça, coloca os franceses em vantagem por 1-0. Mas o Brasil, com o portista Danilo a jogar de início, conseguiu nivelar o marcador ainda antes do intervalo, aos 40’. A jogada começa em Óscar, que faz a tabela com Firmino, com o médio do Hoffenheim a devolver a bola ao jogador do Chelsea, que não deu hipóteses ao guarda-redes Mandanda.

O Brasil nessa final de 1998 não tinha conseguido reagir aos dois golos de Zidane na primeira parte, mas desta vez conseguiu ir para o intervalo com um empate e, pouco depois do início do segundo tempo, concretizou a reviravolta. Aos 57’, é Neymar a fazer o 2-1 para a equipa de Dunga, após excelente passe de Willian. O ângulo não era dos mais fáceis, mas o pé esquerdo do avançado do Barcelona conseguiu, já perto da linha de fundo, bater Mandanda.

Nos minutos seguintes, a França podia ter chegado ao empate, com Sissoko e Benzema a falharem na cara de Jefferson, mas foi o Brasil a aumentar a diferença, aos 69’. Na sequência de um canto, Luiz Gustavo salta mais alto que Varane e faz o resultado final no Stade de France.

Para o Brasil foi a sétima vítória em sete jogos desde que Dunga substituiu Scolari após o Mundial 2014. Já a França, que tem o apuramento garantido para o Euro 2016 que vai organizar, perdeu pela primeira vez desde o Mundial do ano passado.

Houve vários outros particulares que se disputaram nesta quinta-feira. O resultado mais surpreendente acaba por ser o triunfo do Irão de Carlos Queiroz sobre o Chile por 2-0, naquele que terá sido o penúltimo jogo do treinador português ao comando da selecção asiática – os iranianos defrontam a Suécia na próxima terça-feira.

Também surpreendente foi a derrota da Argélia, em Doha, frente Qatar por 1-0, com o sportinguista Slimani e o portista Brahimi a jogarem de início. No Bahrein, o portista Quintero foi titular na goleada da Colômbia por 6-0 sobre a selecção anfitriã, com Radamel Falcao a marcar dois golos.

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