Comédia pouco suicida

Comédia sobre o suicídio que não faz rir nem é capaz de se dotar de alguma angústia existencial.

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Nick Hornby até teve sorte com as adaptações cinematográficas dos seus livros, como mostram o Alta Fidelidade de Stephen Frears (ainda o melhor tratado sobre a relação entre a melomania “pop” e a neurose) ou o surpreendentemente delicado Era uma vez um Rapaz dirigido pelos irmãos Paul e Chris Weitz.

Mas sorte parece ter-se esgotado com este Um Grande Salto, filme insípido e dirigido com indistinção publicitária por Pascal Chaumeil.

Comédia sobre o suicídio que não faz rir nem é capaz de se dotar de alguma angústia existencial, conta a história de um grupo de candidatos a suicidas, que se encontram involuntariamente, e estabelecem entre eles o pacto de se oferecerem mais umas semanas, a ver se o suicídio é mesmo o que querem. Apesar do elenco (Pierce Brosnan, Toni Collette, Imogen Poots), as personagens vivem pouco, aprisionadas por um registo levezinho – apesar do tema – que não é carne nem peixe, e antes pelo contrário um feel good movie que destila falsidade, e britcom requentada, por todos os poros.

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