Fortunas de Amorim, Belmiro e Soares dos Santos encolheram 2,1 mil milhões

Lista de milionários da Forbes continua a ser liderada pelo fundador da Microsoft, Bill Gates.

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Américo Amorim Pedro Maia
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Belmiro de Azevedo Nélson Garrido
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Alexandre Soares dos Santos Enric Vives-Rubio

As fortunas dos três homens mais ricos de Portugal encolheram 2,1 mil milhões de euros no espaço de um ano, segundo a Forbes, que divulgou nesta segunda-feira a edição de 2015 da lista de multimilionários à escala planetária. Bill Gates, fundador da Microsoft, continua a ser o homem mais rico do mundo, enquanto os portugueses Américo Amorim, Belmiro de Azevedo e Alexandre Soares dos Santos caíram de uma forma muito significativa na listagem da revista.

A Forbes elabora todos os anos a lista dos magnatas que detêm uma fortuna superior a mil milhões de dólares, o equivalente a 893 milhões de euros. Este ano, 1826 pessoas entram no clube dos mais ricos, com fortunas que, somadas, atingem os 6,3 biliões (milhão de milhões) de euros, bem acima dos 5,7 biliões apurados no ano anterior.

Nem a depreciação da cotação do petróleo nem a desvalorização do euro, afirma a revista, afectou a capacidade de os grandes investidores aumentarem o seu nível de riqueza. O clube dos mais ricos viu entrarem nos seus quadros mais 290 nomes, entre os quais se contam 71 chineses.

Bil Gates, fundador da Microsoft, continua a ser o homem mais rico do mundo, com uma fortuna que a Forbes estima ser de 71 mil milhões de euros. Segue-se o mexicano Carlos Slim, dono de um império de telecomunicações que abrange toda a América Latina. Slim é cotado como sendo dono de uma fortuna que ultrapassa os 61 mil milhões de euros.

No topo da tabela, a grande surpresa foi Warren Buffett, que tirou a terceira posição ao espanhol Amâncio Ortega, dono da Zara. Buffett, que gere um império vasto onde se encontram posições na energia, transporte ferroviário, seguros e agro-alimentar, aumentou a sua fortuna para cerca de 58 mil milhões de euros, num momento em que a sua sucessão está em cima da mesa.

Diferente sorte tiveram os três portugueses que costumam aparecer na lista dos mais ricos do mundo. Américo Amorim, Belmiro de Azevedo e Alexandre Soares dos Santos caíram nas posições do ranking da Forbes à custa de reduções no valor das suas fortunas – cerca de 2,1 mil milhões de euros no total.

Para a Forbes, Américo Amorim viu a sua fortuna cair de 4,7 mil milhões de euros, em 2014, para os 3,9 mil milhões, este ano, reflectindo o impacto da desvalorização dos títulos da Galp Energia, que caíram cerca de 30% no ano passado. Mesmo assim, o homem que montou um império na cortiça, mas tem igualmente posições sensíveis noutras áreas como a energia, mantém-se entre os 500 mais ricos do mundo – caiu da posição 267 para o lugar 369.

Para Belmiro de Azevedo, que tem no grupo Sonae o essencial da sua fortuna, a queda na lista da Forbes foi bem mais significativa. Recuou da posição 687 para o 949º lugar. Os activos contabilizados pela revista norte-americana ascendem este ano a 1,8 mil milhões de euros, uma quebra face aos 2,2 mil milhões apurados em 2014.

A situação amplifica-se no que toca ao homem que todos identificam com o grupo Jerónimo Martins, dono do Pingo Doce e da Biedronka (Polónia). Alexandre Soares dos Santos viu a sua fortuna encolher dos 2,5 mil milhões de euros em 2014 para 1,6 mil milhões de euros este ano. O investidor caiu da 609ª posição, no ano passado, para o lugar 1054, na lista de 2015 da Forbes, também como resultado do recuo do valor das acções da companhia de distribuição – cerca de 40% no ano passado.

No topo da lista da Forbes, para além da troca de lugares entre Ortega e Buffett, merece ainda destaque a posição 10 atribuida à família de Liliane Bettencourt, dona do império de cosmética L’Oreal, e o 13º lugar de Bernard Arnault, que controla o grupo LVMH, onde têm lugar tantos as malas da Louis Vuitton como os champanhes Moet & Chandon e Henessy.

Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, tem agora uma fortuna estimada em 33,4 mil milhões de dólares (16ª posição), mas não conseguiu ultrapassar Jeff Bezos, o homem que lidera a Amazon e, recentemente, comprou o grupo de media The Washington Post.

Jorge Paulo Lemann, que detém interesses na cerveja e na restauração, entre outros, continua a ser o homem mais rico do Brasil, com uma fortuna de 25 mil milhões de dólares (26ª posição na lista da Forbes).

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