Primeira manifestação do Pegida no Reino Unido foi um fracasso

Contramanifestação juntou mais de 2000 pessoas.

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A manifestação do Pegida contou com a presença de neonazis OLI SCARFF/AFP

Não chegaram a 400 os manifestantes que responderam ao apelo do movimento anti-islão Pegida para saírem à rua em Newcastle, naquela que seria a primeira demonstração de força no Reino Unido do movimento nascido na Alemanha. Em contrapartida, mais de duas mil pessoas juntaram-se numa contramanifestação para tentar anular o protesto dos “Patriotas europeus contra a islamização do Ocidente”

Segundo a página do Facebook do Pegida UK, mais de 800 pessoas eram esperadas no protesto. Apareceram metade. “Nós queremos que o Governo tome nota deste protesto e que expulse os jihadistas e os extremistas muçulmanos das nossas ruas”, declarou durante protesto Donna Trainor, uma das organizadoras.

O Pegida UK indicava também no Facebook “que iria ser uma manifestação pacífica onde pessoas de todos os horizontes se vão juntar para se unirem contra o islão extremista”. O Guardian deu conta que no protesto participaram vários elementos com bandeiras dos neonazis da Frente Nacional, partido britânico de extrema-direita que só aceita brancos nas suas fileiras.

Entre os contramanifestantes, estava o deputado de extrema-esquerda George Galloway. “Todas as pessoas sensatas do Reino Unido condenam a ideia de que um grupo nazi alemão venha ao Nordeste de Inglaterra para tentar provocar problemas”, disse. “Os que aqui estão nesta contramanifestação representam milhões de outros.”

Desde 20 de Outubro do ano passado, que o número de manifestantes do Pegida aumentava de semana para semana em Dresden, na antiga Alemenha de Leste, até se terem juntado 25 mil pessoas no dia 12 de Janeiro, depois dos atentados de Paris.

À medida que as manifestações do Pegida iam aumentando de dimensão, e que iam sendo convocadas para outras cidades, também as contramanifestações a denunciar a islamofobia iam ganhando cada vez mais apoiantes. Estas eram cada vez maiores do que as do Pegida que, entretanto, perdeu o seu líder, forçado a demitir-se no dia 21 de Janeiro, depois da publicação de uma foto sua “mascarado” de Hitler.

Passado um mês de “nojo”,  Lutz Bachmann regressou à liderança do movimento e, no dia 23 de Fevereiro, o Pegida juntou 5000 pessoas em Dresden.

Outros protestos do Pegida foram organizados na Suécia e na Áustria mas foram eclipsados, como no Reino Unido, por contramanifestações bem maiores.

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