Exibição de gala mas sem golos tira o Sporting da Europa

“Leões” desperdiçaram imensas oportunidades de golo, revelando falta de eficácia. Nulo com o Wolfsburgo coloca um ponto final no percurso europeu dos “leões”, que no fim-de-semana visitam o FC Porto.

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Tanaka mandou uma bola ao poste FRANCISCO LEONG/AFP

Pediam-se golos para manter o Sporting vivo nas competições europeias, mas o marcador em Alvalade não chegou a funcionar e a equipa de Marco Silva ficou pelo caminho nos 16 avos-de-final da Liga Europa.

 Diante da equipa-sensação da Bundesliga, que estava há 12 jogos sem conhecer o sabor da derrota, os “leões” realizaram uma das melhores exibições da época: banalizaram o Wolfsburgo, criaram uma avalanche de situações de perigo, mas foram traídos por uma gritante falta de eficácia.

O 0-0 final não traduz a superioridade do Sporting, mas reflecte com exactidão o desacerto que a equipa teve diante da baliza adversária, onde também brilhou o guarda-redes Diego Benaglio.

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Com uma confortável vantagem de 2-0 obtida na primeira mão, ao Wolfsburgo interessava pouco que o ritmo da partida fosse elevado.

Por seu lado, o Sporting precisou de algum tempo para livrar-se do medo de errar e criar perigo junto da baliza adversária. Mas, quando o conseguiram fazer, os “leões” provocaram enormes calafrios à defesa visitante.

Os últimos 15 minutos da primeira parte tiveram sentido único e só por uma falta de eficácia atroz o marcador não assinalava vantagem do Sporting ao intervalo. Tudo começou com um bom remate de William Carvalho, de fora da área, ao qual Benaglio correspondeu com uma boa defesa.

No canto que se seguiu, Nani colocou a bola na cabeça de Paulo Oliveira, mas Träsch evitou o golo em cima da linha (37’). O minuto seguinte foi sintomático: primeiro Tanaka surgiu isolado, mas Benaglio defendeu; depois Adrien Silva, com o guarda-redes fora da baliza, rematou contra Knoche; e à terceira foi João Mário a atirar para fora...

Já no período de compensação, Tanaka acertou no poste perante a incredulidade dos adeptos nas bancadas.

A segunda parte trouxe mais do mesmo, ainda que logo a abrir Kevin De Bruyne tenha protagonizado a melhor (e única) oportunidade do Wolfsburgo: à entrada da área do Sporting, acertou em cheio ao poste da baliza de Rui Patrício.

A maré "leonina" não tardou a regressar, mas a eficácia continuou a primar pela ausência e a reviravolta ficava cada vez mais distante. As ocasiões mais flagrantes pertenceram a Carrillo, que driblou um par de adversários mas depois rematou para a bancada (64’), e a Tanaka, que recebeu e rematou de pronto para grande defesa de Benaglio (77’).

Não importava a forma ou o feitio, não era a noite do ataque do Sporting. Na defesa os sobressaltos foram quase nulos, embora os “leões” possam agradecer ao árbitro da partida ter “perdoado” uma grande penalidade de Jonathan Silva sobre Bas Dost (84’).

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