Obra mais visível do que se suspeitaria

Mais do que um filme com Julianne Moore.

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Julianne Moore apresenta a sua candidatura a nova Meryl Streep com um filme cuidadosamente centrado nela e numa performance que é tudo – no caso, a interpretação de uma personagem a debater-se com o avanço da doença de Alzheimer.

Por melhores que sejam as actrizes (ou os actores), nunca são os filmes mais interessantes, por norma com um prazo de validade que cobre apenas o período até à próxima cerimónia dos Óscares.

O cinismo nem será tanto nosso como do filme, objecto cuidadosamente calculado. Mas algum desse cálculo imiscui-se na sua matéria, num certo rigor (com que filma, por exemplo, a relação de Moore com a casa e com os outros), numa certa atenção ao detalhe, aspectos que, aliados ao desempenho (evidentemente superior) de Moore, fazem de O Meu Nome é Alice obra mais visível do que a priori se suspeitaria.

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