Açoriano inquirido pela PJ por apoiar Estado Islâmico nas redes sociais

Unidade Nacional de Contra-Terrorismo da PJ, que monitoriza acções suspeitas na Internet, encontrou publicações do homem de apoio à causa terrorista. Arguido foi apenas inquirido e está hospitalizado numa ala psiquiátrica.

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Primeiras suspeitas estavam relacionadas com envio de fotos da Base das Lajes para terroristas

Um açoriano de 49 anos foi inquirido no início deste mês pela Polícia Judiciária (PJ), como arguido, num processo em que as suspeitas se relacionavam com terrorismo. A inquirição foi feita por inspectores da Unidade Nacional de Contra-Terrorismo (UNCT), que detectaram movimentos suspeitos do homem nas redes sociais. O homem terá, neste contexto, divulgado imagens e mensagens de apoio ao autoproclamado Estado Islâmico (EI), adiantou ao PÚBLICO fonte da PJ.

A notícia foi avançada nesta quinta-feira pela TVI e pelo Expresso, mas, e ao contrário do que avança o semanário, o homem não foi detido e as suspeitas não se confirmaram após a inquirição, apesar de o processo em que é arguido continuar em investigação. Fonte da PJ explicou que o arguido, funcionário de um estabelecimento hospitalar nos Açores, está actualmente internado na ala psiquiátrica da Casa de Saúde de São Rafael, na ilha Terceira.

Este internamento ocorreu após a inquirição, mas não se verificou por ordem judicial nem está, garantiu fonte policial, relacionado com a intervenção da PJ. A mesma fonte assegurou que o estado que justificou o internamento já se verificava antes da inquirição.

Os inspectores daquela unidade da PJ, que monitoriza frequentemente estes movimentos suspeitos na Internet, procuraram perceber o eventual apoio do funcionário hospitalar à causa do Estado Islâmico. Perceberam rapidamente que o que estará em causa será apenas um estado de perturbação do foro psiquiátrico, não existindo indícios da preparação de qualquer acto para apoiar o EI.

As primeiras suspeitas surgidas nas notícias davam conta também de que o mesmo homem teria sido interceptado pela polícia após tirar fotografias à Base das Lajes, nos Açores, que pretenderia enviar para sites do EI. Fonte da Judiciária adiantou que os inspectores da UNCT não encontraram o homem na posse dessas fotografias.

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