Milionário de site de bitcoins condenado a dois anos de prisão no caso Silk Road

Condenação um ano depois de site ter sido encerrado e fundador ter sido detido.

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Jim Urquhart/Reuters

Charlie Shrem, o empresário com fortuna em bitcoins acusado de ajudar utilizadores do site Silk Road, onde era possível comprar vários tipos de droga e onde as transacções eram feitas com a moeda virtual, foi condenado a dois anos de prisão nos Estados Unidos, foi anunciado esta segunda-feira.

Em Outubro do ano passado, o FBI encerrou o Silk Road, numa operação em que também foram apreendidas 26 mil bitcoins, a moeda virtual que era usada nas transacções, num valor a rondar os 2,4 milhões de euros.

O fundador do site, um homem chamado Ross William Ulbrich, foi detido e acusado de narcotráfico, lavagem de dinheiro, fraude informática e ainda de ter contratado o assassinato de um utilizador do site, que estava a ameaçar revelar a identidade de outros utilizadores, caso não recebesse meio milhão de dólares em 72 horas.

Os vendedores e compradores que usavam o Silk Road eram anónimos. O site só estava acessível a partir de uma ferramenta chamada Tor, que permite a navegação sob anonimato. Além disso, comunicavam através de ferramentas que permitem a troca de mensagens com encriptação e faziam as transacções em bitcoins, uma moeda virtual não centralizada, que funciona num sistema automático.

Charlie Shrem era presidente executivo do site de troca de bitcoins BitInstant, que permite a compra e venda da moeda online. Através do seu próprio negócio, transferia dinheiro depositado em contas bancárias por utilizadores do Silk Road.

Shrem foi detido em Janeiro, dois meses após o encerramento do site e da detenção do seu fundador, por acusações de conspiração para venda de mais de um milhão de dólares (817 mil euros) em bitcoins a utilizadores do Silk Road, que, segundo a polícia, Shrem sabia que iam ser utilizadas na compra e venda de drogas ilegais.

Segundo o Business Insider, o arguido argumentou em tribunal que seria mais útil em liberdade do que na prisão, garantindo o seu empenho em educar as pessoas sobre a bitcoin. Num tweet publicado após conhecer a sentença, Shrem escreveu que a “justiça tinha sido servida”.

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