Os extremos do campeonato não foram assim tão distantes na Luz

Golo irregular permite ao Benfica derrotar o Gil Vicente e encerrar 2014 com seis pontos de vantagem sobre o FC Porto.

Foto
Gaitán marcou o golo do triunfo benfiquista Rafael Marchante/Reuters

A diferença entre os extremos deste campeonato não se fez sentir este domingo no Estádio da Luz. Frente ao último classificado da prova, o líder Benfica esteve particularmente desinspirado e acabou por valer um golo irregular para arrecadar o 12.º triunfo da prova e manter a vantagem de seis pontos para o FC Porto no encerramento da Liga em 2014. O Gil Vicente nunca se resignou nesta visita a Lisboa e até ameaçou arrecadar um ponto frente ao poderoso adversário.

Entre uma longa lista de jogadores lesionados e castigados, Jorge Jesus teve de recriar o Benfica para a recepção aos minhotos. E, se dúvidas houvesse, ficou provado que as segundas linhas “encarnadas” não permitem ao treinador dos lisboetas dormir descansado neste período de festividades.

Numa partida sem grandes motivos de interesse, os mais de 40 mil adeptos que resistiram ao frio nas bancadas da Luz não tiveram direito a uma prenda natalícia mais convincente da sua equipa. Mas tiveram mesmo assim um brinde da arbitragem, que não assinalou um fora-de-jogo no lance do golo de Nico Gaitán, aos 30’.

Foto

Este seria o único momento de alegria na casa benfiquista, que festejou efusivamente o golo do jogador que mais se destacaria no apático ataque “encarnado”.

Sem Enzo Perez (castigado), coube a Talisca recuar para os terrenos normalmente pisados pelo médio argentino, que estará, ao que tudo indica, de malas aviadas para Valência. Na frente,  Jonas e Lima estiveram muitos furos abaixo do rendimento desejável.

Sem contabilizar qualquer vitória na Liga até ao momento, o Gil Vicente procurou essencialmente coleccionar o quarto empate consecutivo na prova, mas até começou por surpreender nos instantes iniciais, pelo atrevimento, procurando explorar algum nervosismo na remendada linha defensiva adversária.

Sem Luisão (lesionado), César voltou a fazer parelha com Jardel, enquanto Benito ocupou o lugar de André Almeida (castigado) no lado esquerdo. Na baliza, Júlio César foi praticamente um espectador em todo o encontro, protagonizando apenas uma defesa digna desse nome, aos 72’.

A equipa da casa acabou por se agarrar com unhas e dentes à magra vantagem, criando apenas um par de oportunidades claras depois do golo, duas delas bem defendidas pelo guarda-redes Facchini (63’ e 79’, a remates de Talisca e Jardel). E acabou por ficar perigosamente à mercê de um lance furtuito dos gilistas, que desperdiçaram aos 56’ (Simy isolado deixou-se antecipar por César na hora do remate) e 72’, na tal defesa de Júlio César, após um livre dos minhotos.

Não seria este o Natal mais desejado por Jesus, que se viu eliminado da Taça de Portugal a meio da semana, após ser derrotado neste mesmo palco pelo Sp. Braga (2-1), mas o técnico pode sempre encontrar alento na sua contabilidade privada nesta Liga: desde que chegou à Luz, nunca encerrou um ano com tantos pontos amealhados.

Sugerir correcção
Ler 5 comentários