EUA proíbem exportações para a Crimeia

Rússia diz que novas sanções "perturbam processo político".

Foto
Bandeira russa na Crimeia VIKTOR DRACHEV/AFP

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou na sexta-feira uma ordem executiva a proibir as trocas comerciais com a Crimeia. Este pacote de sanções é mais uma reacção à anexação daquele território por parte da Rússia.

A ordem executiva proíbe as exportações de “bens, tecnologia e serviços” para a Crimeia, aplicando-se igualmente às importações provenientes daquele território. Uma posição americana que segue o que foi precisamente aprovado pela União Europeia na quinta-feira e também pelo Canadá.

“Apelo de novo à Rússia que termine a sua ocupação e as tentativas de anexação da Crimeia e que ponha fim ao apoio aos separatistas no Leste da Ucrânia”, declarou Barack Obama, cuja ordem executiva impõe ainda novas sanções a empresas e cidadãos russos e ucranianos.

A península da Crimeia foi anexada pela Rússia em Março e depois disso os separatistas pró-russos tomaram conta de várias partes das regiões de Donetsk e Lugansk, declarando a independência em relação à Ucrânia, num conflito que já fez mais de 4700 mortos.

Os esforços de paz continuam entretanto sem ter grande sucesso. Apesar do cessar-fogo assinado em Setembro, os confrontos têm prosseguido e na sexta-feira, segundo a AFP, um porta-voz do exército ucraniano anunciou a morte de cinco soldados, naquele que é o pior balanço diário desde o início da trégua.

De visita a Kiev, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, chegou a anunciar novas conversações de paz para domingo, com um encontro em Minsk entre os rebeldes e o grupo de contacto formado pela Ucrânia, Rússia e Organização para a Segurança e Cooperação Europeia (OSCE), mas os representantes das autoproclamadas repúblicas de Lugansk e de Donetsk disseram que às agências AFP e Interfax que ainda não foi marcada uma data para o encontro.

A Rússia, entretanto, reagiu às novas sanções dos Estados Unidos e do Canadá. "As sanções visam perturbar o processo político” na Ucrânia, diz um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo. “Aconselhamos Washington e Otava a reflectirem sobre as consequências de tais acções.”

Sugerir correcção
Ler 23 comentários