Greve fecha Metro de Lisboa até à manhã de terça-feira

Trabalhadores cumprem segunda greve no espaço de uma semana.

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Joana Freitas

A circulação do Metro de Lisboa está parada e todas as estações estão fechadas nesta segunda-feira, naquela que é a segunda greve dos trabalhadores da empresa no espaço de uma semana. Nenhuma composição circula desde as 23h15 deste domingo até às 6h30 de terça-feira, com a adesão à greve a rondar os 100%.

A paralisação de 24 horas, convocada por várias organizações sindicais, nomeadamente pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), é a oitava realizada este ano pelos trabalhadores do Metro de Lisboa, considerando greves totais e parciais.

Devido à greve, e como já vem sendo hábito, a Carris vai reforçar o número de autocarros nos trajectos servidos pelas carreiras 726 (Sapadores-Pontinha), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação da Damaia), que coincidem com eixos servidos pelo metro, acrescenta o Metro em comunicado.

"A adesão ronda os 100%. Por enquanto, está tudo de acordo com o que era expectável. Os trabalhadores estão a aderir massivamente e não há comboios a circular", disse à agência Lusa a sindicalista Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), adiantando que as estações estão encerradas desde domingo à noite. Anabela Carvalheira adiantou que a greve foi convocada "em defesa do serviço público da empresa" e pela "resolução dos diversos problemas socio-laborais existentes".

Nesta semana, também os trabalhadores da transportadora rodoviária Scotturb farão greve entre as 3h de dia 24, quarta-feira, e as 3h do dia de Natal. Os autocarros, que servem os concelhos de Cascais, Oeiras e Sintra, voltam a parar a 1 de Janeiro.

Segundo a Fectrans, as reivindicações passam, entre outras medidas, pelo aumento dos salários, pelo pagamento do valor de subsídio do agente único e o cumprimento integral do acordo de empresa.

A paralisação foi convocada “perante a falta de qualquer resposta dos donos da Scotturb ao caderno reivindicativo aprovado pelos trabalhadores”, lê-se numa nota divulgada no site da Fectrans.

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