Subscrição do aumento de capital da Sonae Indústria ficou-se pelos 73,5% do total

Sem a venda a institucionais, Belmiro de Azevedo sobe participação na empresa para 68% do capital.

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Belmiro de Azevedo garante que vai voltar a estudar, uma preocupação que o acompanhou ao longo da sua carreira. Nélson Garrido

O aumento de capital da Sonae Indústria, realizado a 0,01 euros por acção, no montante de 150 milhões de euros, reservado numa primeira fase a accionistas e ao público em geral, foi subscrito em 73,5%, informou esta quarta-feira a empresa.

Em resultado da primeira fase da operação, que será seguida de uma venda a institucionais, a Efanor, do empresário Belmiro de Azevedo, aumentou a sua posição accionista para cerca de 68%.

O empresário, que é também o accionista maioritário da Sonae SGPS, detentora do PÚBLICO, subscreveu cerca de 77 milhões de euros de novas acções, ligeiramente acima da posição accionista que lhe correspondia pela participação de cerca de 50% que detinha antes da operação.

De acordo com a informação da Sonae Indústria, enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foram subscritas 10.843 milhões de acções no âmbito do exercício de direitos, e cerca de 91 milhões de acções subscritas pelo público em geral (0,61% do total).

Em face deste resultado, ficaram por subscrever cerca de 3884 milhões de acções, que serão colocadas junto de investidores institucionais, nos termos de um contrato assinado com os coordenadores da operação - o BPI, Caixa Banco de investimento, BCP e Banco Espírito Santo de Investimento.

O reforço da participação accionista da Efanor decorrente da primeira fase do aumento de capital será anulado ou reduzido em função da colocação junto de investidores institucionais, cujos resultados serão divulgados esta sexta-feira.

A admissão à negociação das novas acções está prevista para a próxima semana, 4 de Dezembro. Esta quarta-feira, as acções da Sonae Indústria encerraram a subir 5,6%, para 0,0264 euros.

O aumento de capital da Sonae Indústria destina-se a reduzir o endividamento da empresa e a financiar o plano estratégico em curso. Na sequência da subscrição antecipada da Efanor, a empresa restruturou, junto da Caixa Geral de Depósitos, uma parte do endividamento.

Já depois do arranque do aumento de capital a empresa anunciou o regresso de Carlos Moreira da Silva à administração da Sonae Indústria, como administrador não executivo. Moreira da Silva liderou durante muitos anos a empresa de painéis de madeira, que está presente em seis países.

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