Lucro da Espírito Santo Saúde cresce 57% este ano

Empresa está num processo de mudança de marca.

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O hospital público Beatriz Ângelo representou 23% das receitas Daniel Rocha

O resultado líquido da Espírito Santo Saúde disparou 57% nos primeiros nove meses do ano face ao mesmo período de 2013, impulsionado pelo aumento das receitas do negócio e totalizando 14,2 milhões de euros.

A empresa comunicou receitas operacionais de 297,8 milhões de euros, mais 6,6% do que no ano passado. Já os custos operacionais subiram 7,5%, para 254 milhões.

Esta é a primeira apresentação de contas da empresa depois de ter sido comprada pelo grupo chinês Fosum, através da seguradora Fidelidade, de que este grupo já era dono. A Espírito Santo Saúde, que pertencia ao falido Grupo Espírito Santo e é dona de vários hospitais, entre os quais o da Luz, em Lisboa, nota no comunicado divulgado nesta terça-feira que está numa fase de transição de marca, para passar a chamar-se Luz Saúde.

“A sociedade aprovou a nova marca Luz Saúde, encontrando-se em curso o desenvolvimento da sua implementação”, refere o comunicado, acrescentado que “nos primeiros nove meses de 2014, a Luz Saúde manteve a sua trajectória de crescimento, quer a nível do segmento de cuidados de saúde privados quer do segmento de cuidados de saúde públicos”.

A Espírito Santo Saúde gere o hospital público Beatriz Ângelo, em Loures, no seguimento de uma parceria entre o Grupo Espírito Santo e o Estado, que deu à empresa o direito a prestar serviços de saúde durante dez anos naquela unidade e de gerir o edifício durante 30 anos. Este hospital, que abriu em 2012, representou 23% do total de receitas.

A empresa fez, entre Janeiro e Setembro, investimentos no valor total de 10,5 milhões de euros, aproximadamente metade dos quais serviram para operações de expansão do Hospital da Luz e da Clínica de Oeiras, outra das unidades do grupo. O restante foi gasto em manutenção.

A Espírito Santo Saúde especifica ainda que registou um “aumento generalizado da actividade”, que se traduziu num crescimento de 6% no número de consultas, de 8% nos atendimentos de urgência, de 7% nas cirurgias e partos e de 9 % nos exames e tratamentos. O rendimento médio por cirurgia e parto subiu 1%.

 

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