Crato perde mais um director-geral

Vítor Magriço deixa Ensino Superior, depois das baixas na Administração Escolar e na Educação.

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Nuno Crato tem agora de escolher dois novos directores-gerais Miguel Manso

Em pouco mais de um mês, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) perdeu três dos seus directores-gerais. Depois das saídas dos dirigentes das áreas da Administração Escolar e Educação, agora é o responsável pelo Ensino Superior, Vítor Magriço, quem deixa o cargo vago, pedindo a demissão por “razões pessoais”.

De acordo com o MEC, o até aqui director-geral do Ensino Superior “tinha pedido para sair há já alguns meses”. No entanto, Magriço tinha acordado com a tutela que a exoneração seria efectivada apenas depois de terminado todo o processo de acesso às universidades e institutos politécnico. O concurso nacional deste ano ficou formalmente concluído na passada segunda-feira, data final para a decisão sobre as reclamações referentes à 3ª fase, abrindo a porta da saída daquele responsável.

O ministro Nuno Crato terá agora que encontrar uma alternativa para um lugar numa direcção-geral que está, este ano, a braços com mais trabalho do que o que vinha sendo habitual, por força do processo de aprovação das propostas para os Cursos Técnicos Superiores Profissionais, a nova formação de dois anos, que será ministrada em exclusivo nos institutos politécnicos.

A saída de Vítor Magriço é a terceira de um director-geral na dependência do MEC em pouco mais de um mês. Primeiro, em meados de Setembro, foi o diretor-geral da Administração Escolar, Mário Pereira, a pedir a demissão, na sequência dos problemas verificados com o processo de colocação de professores através da Bolsas de Contratação de Escolas – foi substituído nesse cargo por Maria Luísa Oliveira. Um mês depois, Fernando Egídio Reis deixou a direcção-geral de Educação para entrar no Governo.

Reis foi a solução encontrado por Nuno Crato para reforçar a sua equipa de secretários de Estado, depois de João Grancho ter deixado a pasta do Ensino Básico e Secundário “por imperativos de consciência”, no mesmo dia em que o PÚBLICO revelou um caso de plágio praticado pelo próprio em 2007, quando presidia à Associação Nacional de Professores. Egídio Reis ainda não tem substituto e o MEC terá agora também que encontrar uma solução para o Ensino Superior. 

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