Imprensa brasileira escreve que a PT poderá ser vendida na próxima semana

Foto
Oi poderá juntar-se à Vivo e à Claro para comprar a TIM Brasil Rui Gaudêncio

O acordo da Oi com a Vivo e a Claro para comprar a TIM Brasil pode ditar a venda da PT Portugal já na próxima semana, noticiou esta sexta-feira o jornal Folha de São Paulo. A Oi veio dizer que não há acordos fechados no Brasil, nem propostas na mesa sobre Portugal. Fonte oficial da PT SGPS (accionista da Oi) garantiu ao PÚBLICO que "é impossível que qualquer um destes negócios avance na próxima semana".

O presidente da administração da Telecom Italia, Giuseppe Recchi, garantiu esta sexta-feira que a empresa não recebeu qualquer oferta pelo capital da TIM Brasil. Mas isso não impede que no mercado brasileiro se dê como certo que a Claro, do mexicano Carlos Slim, e a Vivo, da espanhola Telefónica, chegaram a acordo com a Oi para comprar a sua rival e repartir os activos entre todos.

Segundo o Folha de São Paulo, a entrega de uma proposta de compra da segunda maior operadora móvel do Brasil está apenas dependente da venda da PT Portugal, com cuja receita a Oi financiará o processo de aquisição. O jornal brasileiro escreve mesmo que o negócio de venda da PT deverá “ser fechado na próxima semana”.

O diário diz ainda que entre os interessados na compra da PT estão duas operadoras, das quais uma é a Altice, e três fundos de investimento (a Apax Partners, a Bain Capital Partners e a CVC Capital Partners, segundo a Bloomberg) e que a transacção terá um valor de 7 mil milhões de euros.

Segundo o Folha de São Paulo, numa primeira abordagem do BTG à Telecom Italia, a companhia fez uma contraproposta para comprar a Oi. No entanto, terá concordado em aguardar uma proposta pelo capital da Tim. A decisão  estará “dependente do valor do cheque”.

No seguimento de uma notícia anterior do Folha de São Paulo sobre as movimentações do BTG Pactual e as conversações com a Claro, a Oi já tinha garantido, num comunicado enviado na quinta-feira ao regulador da bolsa brasileira e na sexta à CMVM, que ainda “não há qualquer definição ou acordo com relação a uma estrutura para a Operação [de compra da TIM], e não foram assinados quaisquer instrumentos ou propostas visando a uma Operação”

A Oi lembrou que tinha contratado o  BTG Pactual Pactual (seu accionista e assessor financeiro) "para desenvolver alternativas viáveis de estruturas e de funding que permitissem à empresa participar na consolidação do sector das telecomunicações no Brasil, através da aquisição da TIM Brasil. Essas alternativas poderiam passar pela articulação com outras empresas do mercado, como é o caso da Vivo e da Claro.

A venda da PT Portugal e dos activos africanos que antes eram da PT SGPS (como a posição na angolana Unitel) tem sido apontada como a única alternativa para que a Oi assegure capacidade financeira para uma operação desta dimensão.

No comunicado enviado à CMVM, a Oi voltou a dizer que o BTG foi contactado por “diversos interessados” nos activos portugueses, mas que até à data não recebeu qualquer proposta.


 

Sugerir correcção
Ler 1 comentários