Responsável do Google bate recorde de altitude de salto com pára-quedas

Alan Eustace, vice-presidente do Google, planeava este desafio há três anos. Subiu até aos 41.419 metros num balão de ar, desprendeu-se e caiu durante 15 minutos.

O balão a ser montado
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O balão a ser montado Paragon Space Development Corporation/AFP
Alan Eustace no final da descida
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Alan Eustace no final da descida Paragon Space Development Corporation/AFP
Alan Eustace
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Alan Eustace Paragon Space Development Corporation/AFP

A madrugada de sexta-feira foi diferente para Alan Eustace. A partir de aeródromo abandonado no Novo México, nos Estados Unidos, o vice-presidente do Google de 57 anos começou a subir num balão de ar, usando um fato espacial e tecnologia desenvolvida nos últimos três anos. Durante pouco mais de duas horas subiu até aos 41.419 metros, na estratosfera. Depois, um pequeno explosivo usado para o desconectar do balão, pô-lo em rota descendente. Com ajuda de um pára-quedas, o norte-americano desceu tudo o que tinha subido em cerca de 15 minutos, batendo o recorde de altitude de salto com pára-quedas.

O recorde foi detido durante dois anos pelo austríaco Felix Baumgartner, que a 14 de Outubro de 2012 subiu numa cápsula e saltou dos 39.045 metros, menos 2374 metros do que o recorde actual.  

“Foi extraordinário”, disse Alan Eustace, citado pelo jornal norte-americano New York Times. “Foi lindo. Era possível ver a escuridão do espaço e ver as camadas da atmosfera, que eu nunca tinha visto antes.” O norte-americano aterrou a 112 quilómetros de distância do aeródromo.

A descida foi feita em duas fases. Durante quatro minutos e meio, o norte-americano desceu em queda livre, batendo 1,24 vezes a velocidade do som e atingindo 1322,9 quilómetros por hora. Depois, o empresário abriu o pára-quedas. Felix Baumgartner continua a deter o recorde da velocidade, na altura atingiu os 1.357,6 quilómetros por hora.

No entanto, houve mais particularidades nesta aventura do homem da Google. Alan Eustace manteve o projecto completamente escondido, ao contrário de Felix Baumgartner que precisou de patrocinadores para pagar a viagem, incluindo a cápsula, que foi muito cara, e fez do seu salto um acontecimento.

Para o novo salto, o norte-americano associou-se à empresa Paragon Space Development Corp e à sua equipa de Exploração Estratosférica. A empresa anda a trabalhar secretamente há anos para desenvolver um fato espacial independente que permita às pessoas explorarem a superfície da Terra até aos 32 quilómetros de altitude.

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