Afinal, a Chiquita já não vai fundir-se com a Fyffes

Accionistas do produtor americano de bananas renunciaram à fusão com o importador e distribuidor irlandês. Chiquita negocia com consórcio brasileiro Cutrale e Safra

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Produtor de bananas vai agora negociar com consórcio brasileiro Guillermo Granja/Reuters

A fusão com a irlandesa Fyffes foi anunciada em Março mas o chumbo dos accionistas da Chiquita deitou por terra a criação do maior produtor mundial de bananas, com receitas conjuntas de 3,3 mil milhões de euros.

Depois do veto na assembleia geral extraordinária, conhecido nesta sexta-feira, a norte-americana Chiquita vai agora discutir com o consórcio formado pelos grupos brasileiros Cutrale (produtor de sumo de laranja) e o banco de investimentos Safra a proposta (revista) de 14,50 dólares por acção. “Tendo em conta os resultados de hoje, decidimos terminar o acordo com a Fyffes e negociar com a Cutrale/Safra a oferta revista”, disse Edward Lonergan, presidente executivo da Chiquita, através de um comunicado publicado no site da empresa.

A Chiquita sublinha que não há ainda um acordo definitivo com o consórcio brasileiro, nem qualquer garantia “de que das negociações resultará qualquer transacção”. “A Chiquita não irá actualizar o mercado com mais informações até que o conselho de administração chegue a uma decisão final”, lê-se no documento.

A fusão com a Fyffes (dona da marca Sol) iria criar um gigante no sector da fruta (bananas, melões e ananás) e das saladas pré-lavadas e embaladas, presente em 70 países com cerca de 32 mil trabalhadores. As previsões apontavam para ganhos de 40 milhões de dólares antes de impostos até ao final de 2016, nomeadamente nas áreas de logística. A irlandesa ofereceu 13 dólares por acção e iria assumir as dívidas da Chiquita, mas perante a proposta de 14,5 dólares da Cutrale/Safra os accionistas decidiram travar a operação.

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