iCloud na China sob ataque mas Apple não confirma

Empresa americana lançou novo alerta de segurança para o seu serviço de armazenamento de dados.

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Pawel Kopczynski/Reuters

O serviço iCloud da Apple na China está a ser atacado, com tentativas de roubo de palavras-passe e outros dados. A empresa não comentou o caso mas emitiu entretanto um alerta onde aconselha os utilizadores a verificar se estão a entrar no servidor legítimo do iCloud, usando as funções de segurança incluídas no Safari ou outros browsers como o Firefox e Chrome.

O GreatFire.org, site de vigilância da censura à Internet na China, está a avançar desde terça-feira que está a ocorrer um ataque man-in-the-middle (existência de um intermediário no processo de comunicação entre servidores). Piratas informáticos colocaram o seu site entre os utilizadores e o servidor do iCloud da Apple, interceptando dados e alegadamente acedendo a palavras-passe de contas, iMessages, fotografias e contactos.

Segundo o site chinês, utilizadores chineses do serviço começaram a receber alertas de que tinham sido direccionados para sites não autorizados quando tentaram aceder às suas contas no iCloud. O GreatFire alega que o Governo chinês está na origem da operação e que este ataque se assemelha aos realizados no passado ao Google, Yahoo! e Hotmail.

O Governo de Pequim reagiu às acusações através do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que num encontro com jornalistas assegurou que é “resolutamente contra” o ataque.

Este ocorre semanas depois de a Apple ter anunciado o armazenamento de dados de utilizadores chineses no iCloud nos servidores da China Telecom. Coincide ainda com a comercialização do iPhone 6 no país. Nem a China Telecom nem a Apple comentam estas ligações, com a empresa chinesa a considerar “infundada” qualquer relação com o ataque.

A Apple publicou uma nota na sua página de apoio. Sem qualquer referência ao caso na China, a empresa diz que foi “alertada para ataques em rede organizados intermitentes através de certificados inseguros para aceder a informações dos utilizadores”, uma questão que sublinha “segue com muita seriedade”.

Não foi ainda possível confirmar se o ataque continua activo. A Apple recusou-se a avançar com qualquer informação.

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