Tetris vai ser um filme de ficção científica “épico”

Base improvável para um filme, o jogo é “a pequeníssima ponta do icebergue que tem um significado intergaláctico”, diz o produtor já responsável por Mortal Kombat.

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Sem humanos nem humanóides, sem disparos ou perseguições e nem mesmo um robô para amostra, Tetris é o próximo videojogo a transformar-se num filme. Dos anos 1980 para o século XXI, o viciante jogo criado pelo programador russo Alexey Pajitnov não vai ser “um filme com um monte de linhas a correr de um lado para o outro numa página”, nem se planeia “dar pés às formas geométricas” para as tornar mais humanas, garante Larry Kasanoff, da Threshold Entertainment, que vai produzir o filme.

Tetris nesta versão vai ser “um filme de ficção científica muito grande e épico”, disse Kasanoff terça-feira ao Wall Street Journal sobre o projecto que poderá gerar algum cepticismo. Como se transforma num filme, e em entretenimento apelativo, um jogo que tem por base o encaixe de peças de geometrias variadas e que enxameou os computadores pessoais, as consolas portáteis e as máquinas de salão de jogos na década de 1980? “As marcas são as novas estrelas de Hollywood”, acredita o CEO da Threshold Entertainment, que ainda assim defende que o filme “tem uma história que o torna uma coisa muito mais imaginativa”.

O jogo baseado na resolução de tarefas e na organização é aparentemente uma base improvável para um filme, mas Kasanoff tem a explicação na ponta da língua: o que sabemos de Tetris é apenas “a pequeníssima ponta do icebergue que tem um significado intergaláctico”.

Esta não é a primeira vez que a Threshold Entertainment se aventura na adaptação de videojogos ao cinema - o filme baseado em Mortal Kombat (1985) e a sua sequela são obra da produtora – e o filão também não foi agora descoberto. Da série Resident Evil ao mais recente Need for Speed, passando pela megaprodução Príncipe da Pérsia (com Jake Gyllenhaal) até aos mais antigos Super Mário ou Tomb Raider (com Angelina Jolie), fora as adaptações para animação ou televisão, os videojogos e o cinema têm já uma relação duradoura. O fito comercial é evidente, como admitiu Kasanoff ao Wall Street Journal sobre o potencial de expandir a marca Tetris no futuro, sem avançar data de estreia ou elenco para o filme.

Na calha cinematográfica estão ainda outras produções que partem de videojogos para Hollywood, como Assassin’s Creed, Minecraft, Warcraft e um regresso de Mortal Kombat e de Resident Evil, já para não falar da chegada do fenómeno Angry Birds em 2016.


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