A passagem do tempo fica bem a estes filmes

Quando Léos Carax era ainda um jovem cineasta muito mais do promissor mas ainda não era um dos “faróis” da cinefilia moderna, maldito e idealista.

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Trailer de Má Raça e Paixões Cruzadas

É um exercício curioso, este de regressar 30 anos depois a filmes que se viram aquando da sua estreia, num contexto completamente diferente – então Léos Carax era ainda um jovem cineasta muito mais do que apenas promissor, hoje é um dos “faróis” da cinefilia moderna, realizador maldito e idealista.

Não são tanto os filmes que mudam como o nosso olhar sobre eles, então pontuado apenas pelo romantismo cinéfilo e empedernido de ambos os filmes: mais derivativo na estreia de Carax na longa, Paixões Cruzadas (que nunca chegou a estrear comercialmente entre nós na altura para lá de uma fugaz passagem na saudosa RTP-2), mais moderno e envolvente no seu sucessor Má Raça (exibido no saudoso Quarteto), que ajudou a revelar Juliette Binoche e Julie Delpy. O que convirá registar é que a passagem do tempo e a energia da juventude ficam bem a estes dois filmes; e Má Raça é o filme maior dos dois, um dos grandes filmes franceses dos anos 1980 e o nosso preferido de Carax (ali mesmo paredes meias com o objecto radical que é Pola X). <_o3a_p>

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