Mais de 20 mil pessoas em Moscovo contra intervenção russa na Ucrânia

Foi a maior acção de protesto em solo russo desde o início do conflito ucraniano.

Milhares de pessoas saíram às ruas para pedir fim da guerra na Ucrânia
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Milhares de pessoas saíram às ruas para pedir fim da guerra na Ucrânia Sergei Karpukhin / Reuters
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Apoiantes dos separatistas tentam rasgar bandeira ucraniana Tatyana Makeyeva / Reuters
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Apoiantes das forças pró-russas também organizaram uma manifestação em Moscovo Maxim Zmeyev / Reuters
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"Tirem as mãos da Ucrânia" pode ler-se numa das faixas exibidas pelos manifestantes Alexander Utkin / AFP

Milhares de pessoas manifestaram-se no domingo nas ruas de Moscovo para pedir a paz na Ucrânia e em protesto contra o envolvimento da Rússia no conflito.

O número de participantes chegou às dezenas de milhares, segundo as agências internacionais, embora a polícia russa tenha estimado que apenas cinco mil pessoas tenham saído à rua. Mesmo os meios de comunicação próximos do Kremlin, como o canal  Russia Today, apontavam para uma adesão na ordem dos 26 mil.

Pelo centro da capital russa viam-se bandeiras ucranianas e russas, mas também de alguns movimentos de extrema-direita que apoiam o governo de Kiev, como o “Sector Direito”. Os manifestantes gritavam “Não à guerra!” e “Parem de mentir”, de acordo com o correspondente da BBC em Moscovo.

O governo ucraniano acusa a Rússia de apoiar os separatistas que desde Abril combatem o Exército ucraniano e de ter mesmo enviado tanques e unidades militares para o Leste ucraniano. Moscovo negou qualquer intervenção no conflito que já fez mais de 3.000 mortos, segundo a ONU.

A forte presença policial não impediu que se tivessem verificado alguns confrontos entre os manifestantes pró-Kiev e pequenos grupos apoiantes dos movimentos separatistas pró-russos, que também tinham uma acção marcada.

Esta foi a maior acção de protesto em solo russo desde o início do conflito ucraniano.

No terreno continua em vigor um cessar-fogo acordado entre o governo ucraniano e as forças rebeldes, mas os combates continuam. A NATO afirmou no domingo que “o cessar-fogo é apenas um nome", uma vez que não tem sido cumprido.

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