Faltam 180 minutos para se abrir a porta dos milhões

Rio Ave defronta o Elfsborg, Nacional o Dínamo de Minsk: ambos jogam o acesso à Liga Europa.

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Hassan foi o autor do golo que eliminou o IFK Gotemburgo na 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa DR

Se o Rio Ave conseguir aplicar perante o Elfsborg, da Suécia, a mesma receita que lhe serviu de trunfo para derrubar o Gotemburgo, os vila-condenses garantem automaticamente um terço do total do orçamento do clube para a época 2014-15. Os números atestam uma realidade pertinente — mais do que o prestígio europeu, as duas formações portuguesas que hoje entram em campo (o Nacional frente ao Dínamo de Minsk e o Rio Ave ante o Elfsborg), na primeira mão do play-off de acesso à Liga Europa, jogam um balão de oxigénio para o ano futebolístico que aí vem.

Ainda assim, no lançamento do encontro desta tarde (18h), em Boras, a questão financeira não entrou no discurso de Pedro Martins, técnico do Rio Ave, que prefere focar-se em inscrever o seu nome no livro de proezas do emblema vila-condense. “Quero fazer história”, avisou o treinador de 44 anos, sem, no entanto, pisar o perigoso terreno das promessas que, considera, “não fazem muito sentido”, visto que o futebol está recheado de “imprevisibilidade”.

Quanto ao adversário de hoje, Pedro Martins não tem dúvidas: trata-se de um opositor uns furos acima do conjunto que os vila-condenses defrontaram na 3.ª pré-eliminatória. “São mais fortes do que o Gotemburgo: mais experientes, mais consistentes. A nossa equipa está equilibrada e consistente, mas sabemos que o adversário é forte e que será difícil”, sublinhou. E o relvado sintético, preocupa? “Trata-se de um piso semelhante ao que temos nas camadas de formação. Analisámos essa questão, de forma a não sermos surpreendidos”, garantiu, recordando que a presença na fase de grupos da Liga Europa se vai resolver “em 180 minutos” e não em 90.

Entre os homens que carregam o sonho de fazer história, destaque para a ausência de Nuno Lopes, devido a lesão, e para as inclusões de Filipe Augusto e Marcelo, apesar de estarem de saída do clube.

Já o Nacional espera deixar pelo caminho o Dínamo de Minsk — segundo classificado do campeonato bielorrusso quando falta apenas uma jornada para o final da prova —, de forma a repetir o feito alcançado em 2004, 2006 e 2009, em que logrou participar na Liga Europa.

Antecipando a partida desta tarde (18h), Manuel Machado, técnico dos insulares, voltou a salientar o perigo que pode representar o maior ritmo competitivo do adversário. “A vantagem deles é a intensidade de jogo já adquirida, uma vez que já levam 20 jogos no campeonato e quatro na Liga Europa. De qualquer forma, tivemos dois meses para criar esta equipa com um determinado modelo de jogo e é nisso que vamos apostar”, sublinhou.

Jogar para uma igualdade? O lateral esquerdo Marçal responde: “O empate não é um mau resultado, mas não é disso que estamos à procura. Queremos tentar um resultado que nos dê mais tranquilidade no segundo jogo.”

Na convocatória de Manuel Machado, a inclusão do central egípcio Mahmoud Ezzat representa a principal novidade, ao passo que o avançado moçambicano Reginaldo foi “resgatado” depois de não ter sido incluído na primeira lista enviada à UEFA.

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