Não se salvam mais do que as boas intenções

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Bong Joon-Ho não é o primeiro a saltar para dentro da “grande indústria” sem salvar muito mais do que as intenções que levava.

As intenções: imiscuir, no espectáculo de uma produção de “fc” avantajada, umas ressonâncias de comentário político e social muito “contemporâneo”, assim como no seu melhor e mais conhecido filme,The Host (ainda na Coreia), havia “ecologia” e “política” a alimentar uma história de monstros.
As intenções estão intactas, Snowpiercer preserva-as. Mas não preserva mais, falta-lhe a frescura desse outro filme, a imaginação e a inventiva, e sobretudo “falta-lhe a falta”, a falta de meios que aguça o engenho, substituida por uma abundância - “sobre carris”, pode-se dizer - que ao fim e cabo se faz a si própria e é muito, muito sensaborona.
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