A graça de Valeria

“Pôr-se em cena” é motivação mais do que aceitável para levar um realizador (uma realizadora) para trás das câmaras.

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Valeria Bruni-Tedeschi tem quase sempre graça como actriz, e mesmo nos filmes que dirige (este é o terceiro) é o ar dessa sua graça que mais vale a pena.

 O modelo da sua personagem em Um Castelo em Itália acaba por ser... ela própria, os traços da sua personalidade de actriz – o jeito um pouco caótico, a angústia soft, a leveza desengonçada.

Está muito bem assim, “pôr-se em cena” é motivação mais do que aceitável para levar um realizador (uma realizadora) para trás das câmaras. E se no fim de contas quase tudo em Um Castelo em Itália remete para um déja vu, eventualmente cansativo, ao mesmo tempo há uma falta de pretensão que é suficiente para que a graça não se perca e o filme se veja com gosto.

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