FC Porto apresentou-se aos adeptos com um empate sem golos

No jogo de apresentação aos sócios, o treinador espanhol só lançou os principais reforços na segunda parte, mas os portistas nunca mostraram bom futebol e empataram a zero frente ao Saint-Étienne.

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O FC Porto empatou no jogo de apresentação aos sócios Miguel Riopa/AFP

A construção do FC Porto 2014-15 está longe de estar concluída, mas neste domingo foram revelados mais alguns pormenores do projecto arquitectado por Julen Lopetegui. Na apresentação oficial da equipa aos sócios “azuis e brancos”, foi confirmado que Ghilas, Josué, Abdoulaye, Licá e Mangala não farão parte da estrutura, mas entre os 30 nomes anunciados, também não se ouviu o de Varela. Após o desfile de um plantel que sofrerá ainda alterações, os “dragões” defrontaram o Saint-Étienne e não conseguiram melhor do que um empate a zero.

Dentro de cerca de três semanas, quando Lopetegui tiver o seu primeiro grande teste como treinador do FC Porto (play-off da Liga dos Campeões), o “onze” que o treinador vai lançar deverá ser muito diferente daquele que iniciou o encontro frente ao Saint-Étienne, mas há algumas conclusões que já se podem tirar: os pontos comuns com os “dragões” da última época são quase nulos e Jackson, se ficar, não tem um concorrente à altura.

Desde José Mourinho, que também entrou no FC Porto para resgatar uma equipa em crise, que nenhum treinador teve o privilégio de construir no Dragão um plantel tão à sua imagem como Lopetegui está a ter. O corte com o passado teve reflexo na equipa que começou a partida frente ao Saint-Étienne (dos 11 jogadores que mais partidas disputaram na época passada, apenas Danilo e Alex Sandro estavam em campo) e com a previsível chegada de mais um trio de espanhóis (Andrés Fernández, Iván Marcano e José Ángel), mais de metade do plantel serão caras novas.

No entanto, na primeira aparição no Dragão do FC Porto 2014-15, foram os da “casa” que mais se destacaram: Fabiano, Maicon, Herrera e Ruben Neves, um miúdo que continua a portar-se como gente grande. Com apenas dois reforços na equipa inicial (Oliver Torres e Sami), o FC Porto na primeira parte venceu a batalha do meio-campo, mas Quaresma não criou os desequilíbrios habituais, Ricardo foi apenas certinho e a aposta em Sami como “homem de área” revelou-se um flop. Mesmo assim, os remates de Herrera (21’) e Ruben Neves (35’) merecerem palmas.

Na segunda parte, Lopetegui tirou o mexicano e o jovem de 17 anos e lançou os reforços mais sonantes (Tello, Adrián López, Casemiro e Brahimi) e Quintero. Evandro, que esteve no banco, acabou por não ser utilizado, o que pode ser um mau prenúncio para o ex-estorilista.

E o (pouco) FC Porto que ainda se viu nos primeiros 45 minutos desapareceu na segunda parte. Com as alterações no meio-campo, o Saint-Étienne assumiu o controlo e a defesa portista passou por maus bocados, mas Fabiano, o melhor em campo, evitou por três vezes que os franceses chegassem à vitória.

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