PT nega existência de provisão de 30 milhões destinada a premiar a gestão

Accionistas minoritários pediram à CMVM que averigue a existência de prémio para a comissão executiva se a fusão com a Oi se concretizar.

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Accionistas minoritários têm reunião marcada na próxima semana com Henrique Granadeiro Pedro Cunha/arquivo

A Portugal Telecom (PT) veio esclarecer nesta sexta-feira que não pagou nenhum prémio de 30 milhões à sua equipa de gestão na sequência do processo de fusão com a brasileira Oi, nem tem qualquer valor provisionado nas contas com este fim.

Na quinta-feira, o presidente da ATM – Associação dos Investidores do Mercado de Capitais, confirmou que a entidade pediu à CMVM que averiguasse se a PT se comprometeu a entregar à sua equipa de gestão executiva um prémio de 30 milhões de euros, caso a fusão com a Oi se concretizasse.

Segundo Octávio Viana, a existência de tal prémio poderia “influenciar os actos de gestão da PT”, no sentido de realizar a fusão a qualquer custo, sem acautelar os melhores interesses da empresa e dos accionistas.

Esta sexta-feira, a operadora de telecomunicações publicou um esclarecimento a propósito das notícias sobre a “existência de uma provisão de 30 milhões de euros para pagamento de um bónus extraordinário sobre o aumento de capital da Oi e a operação da combinação de negócios PT/Oi”.

Numa nota enviada às redacções a PT “esclarece que não só não foi pago qualquer bónus sobre as referidas operações, como, também, não existe qualquer provisão nas contas da PT SGPS relacionada com este tema”.

Na próxima terça-feira, a ATM conta reunir-se com o presidente executivo da PT, Henrique Granadeiro. A associação que representa os accionistas minoritários está a analisar avançar com um processo em tribunal contra a equipa de gestão executiva da operadora de telecomunicações devido à desvalorização das acções desde que se soube da aplicação de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte (holding do Grupo Esçpírito Santo que não a pagou na data acordada).

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