A fábrica do grupo PSA Peugeot Citroën em Mangualde suprime a partir desta sexta-feira o terceiro turno de laboração, o que levará a uma redução de 280 postos de trabalho. A unidade de produção passa, agora, a empregar cerca de 820 pessoas, baixando a produção diária para 192 automóveis.

A fábrica portuguesa estava a funcionar com três turnos desde Abril do ano passado, ao absorver durante um período transitório alguma produção da PSA Peugeot Citroën da unidade de Vigo, que funciona em articulação com a portuguesa.

Quando a fábrica espanhola registou um pico de produção “inerente à fase de lançamento dos modelos Citroën C-Elysée e Peugeot 301”, foi transferida a produção de alguns volumes dos modelos Citroën Berlingo e Peugeot Partner para Mangualde, explicou então o grupo automóvel.

Segundo a PSA de Mangualde, “este factor extraordinário terminou e as fábricas voltam à sua produção nominal”. A empresa apontou inicialmente um período mínimo de nove meses para o funcionamento do terceiro turno, que acabou por durar 16 meses. Com esse reforço, a fábrica registou uma produção suplementar de cerca de 25 mil veículos, um acréscimo de exportações superior a 200 milhões de euros, mais quatro milhões de euros de salários e mais dois milhões de euros em impostos e contribuições sociais.

Primeira fabricante automóvel em França e segunda na Europa, o grupo PSA, presidido pelo gestor português Carlos Tavares, comercializou no ano passado 2,8 milhões de veículos, 42% dos quais fora do mercado europeu.

Em Abril, quando assumiu funções como líder do grupo, Carlos Tavares visitou várias fábricas e disse ter ficado impressionado com a unidade portuguesa, considerando-a “muito bem gerida”.