Juros do crédito à habitação subiram em Junho pelo 10º mês consecutivo

Prestação média dos contratos de crédito à habitação inalterada há três meses.

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O efeito é sentido sobretudo no Algarve

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação aumentou 0,019 pontos percentuais em Junho, para 1,491%, mantendo uma tendência de subida há 10 meses consecutivos, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística, divulgados esta quarta-feira.

A taxa de juro do conjunto dos contratos ainda não reflecte a queda das taxas Euribor, iniciada em Junho, depois de o Banco Central Europeu ter decidido baixar a sua taxa directora de 0,25% para 0,15%.

O ciclo de actualização dos contratos existentes, maioritariamente ao trimestre e ao semestre, explicam o atraso entre a evolução recente das taxas Euribor e o seu reflexo na totalidade dos contratos.

Já nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro fixou-se em Junho em 3,087%, apresentando uma diminuição de 0,093 pontos percentuais relativamente à taxa observada em Maio.

Estes contratos recentes já reflectem alguma queda das taxas Euribor, mas a queda da taxa fica essencialmente a dever-se a uma tendência de redução dos spreads (margem comercial do banco) verificada nos últimos meses. A taxa de juro dos contratos à habitação resulta de um somatório da taxa Euribor e do spread aplicado pelo banco.

Apesar da ligeira subida da taxa em Junho, a prestação média vencida para a globalidade dos contratos permaneceu em 260 euros, o que acontece pelo terceiro mês consecutivo. Para isso contribuiu o maior ritmo de amortização de capital dos empréstimos.

Para o conjunto dos contratos de crédito à habitação celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação fixou-se nos 323 euros, mais três euros do que o valor observado no mês anterior.

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