Lucros da Apple sobem impulsionados pelo iPhone

As vendas de iPads voltaram a cair. O mercado chinês foi aquele onde a empresa mais cresceu.

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As vendas do iPhone cresceram 13% Filipe Casaca/arquivo

O telemóvel que transformou o negócio da Apple há sete anos continua a dar cartas. As receitas da empresa aumentaram 6% no trimestre passado, atingindo 37,4 mil milhões de dólares, e os lucros subiram 12%, para 7,7 mil milhões. O crescimento foi conseguido sobretudo graças a um aumento de vendas do iPhone, o produto mais vendido da Apple.

A Apple vendeu 35 milhões iPhones no segundo trimestre deste ano, mais 13% do que no mesmo período de 2013. As vendas representam 53% do total de receitas. Nos vários aparelhos da marca, os computadores Mac até foram os que mais cresceram – 18%, para 4,4 milhões de unidades – mas este é um negócio muito mais pequeno nas contas da empresa.

Já as vendas de iPods afundaram 36%, uma tendência provocada pelo facto de os smartphones, cada vez mais populares, servirem também como leitor de música. Os iPads, por seu lado, caíram 9%, para 13 milhões de unidades vendidas. O tablet da Apple enfrenta não apenas a concorrência de aparelhos do género equipados com Android, como também dos vários telemóveis de grandes dimensões que têm surgido no mercado (incluindo pela mão da líder Samsung) e cujo tamanho do ecrã os aproxima dos tablets mais pequenos. No segundo trimestre de 2013, as vendas já tinham caído 14%, em forte contraste com o que se passou há dois anos, quando o iPad disparou 84%.

O mercado chinês (a Apple agrega os números da China, Hong Kong e Taiwan) foi aquele onde as receitas mais subiram: as vendas aumentaram 28% naqueles territórios. Na Europa e no resto dos países asiáticos o crescimento foi de 6%, e nos EUA e no Japão, de apenas 1%.

Com o mercado dos smartphones já maduro em muitos países europeus e nos EUA – especialmente no segmento de topo de gama, onde o iPhone se encaixa – os fabricantes estão a voltar-se para os países emergentes, onde a adopção tem muito mais margem para crescer. No final do ano passado, a Apple conseguiu, depois de intensas negociações, chegar a um acordo para vender o iPhone com a operadora China Mobile, a maior do mundo, com 791 milhões de clientes, segundo números da própria empresa. Nesta região, porém, a Apple, que sempre teve uma estratégia assente em aparelhos topo de gama, concorre com telemóveis mais baratos de fabricantes locais, como a chinesa Xiaomi e a taiwanesa Huawey.

Por outro lado, para impulsionar a adopção de iPhones e iPads no mercado empresarial, a Apple assinou este mês uma parceria com a IBM. As duas empresas vão desenvolver aplicações para profissionais e a IBM vai vender os aparelhos da Apple aos clientes empresariais.

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