Aumento de capital do BCP supera em 25% a oferta

BCP encaixou 2250 milhões de euros com a venda de acções. Encaixe será usado para pagar empréstimo ao Estado.

Foto
A admissão à cotação dos novos títulos deverá ocorrer depois de 28 de Julho PÚBLICO/Arquivo

O aumento de capital do Banco Comercial Português foi integralmente subscrito pelos accionistas ao valor de 0,065 euros por acção com a procura a exceder a oferta em mais de 25%..

Com esta operação, o banco liderado por Nuno Amado reforçou o seu capital de 1465 milhões de euros, para mais de 3706 milhões (3.706.690.253,08 euros).

O banqueiro já atribuiu o sucesso da operação à confiança depositada pelos investidores no maior grupo financeiro privado. E declarou que usará o encaixe, nomeadamente, para pagar ao Estado uma parte do empréstimo de 3000 milhões de euros (já devolveu 400 milhões) que recebeu em 2012, no quadro do plano de recapitalização. 

"Estamos muito satisfeitos com este voto de confiança dos accionistas e novos investidores no nosso projecto", lê-se numa nota enviada pelo banco à comunicação social. "Esta operação foi concluída num momento complexo e turbulento, mas os investidores mostraram confiança no nosso plano de reestruturação", considera Nuno Amado, para quem "o desfecho deste aumento de capital é um momento de transformação" para o banco, que vai "acelerar o calendário para o reembolso do apoio do Estado". 

O BCP dispensou o recurso ao sindicato bancário que tomou firme a operação de reforço do capital. Com a venda de 34.487.542.355 acções, o banco encaixou 2250 milhões de euros. A admissão à cotação dos novos títulos deverá ocorrer depois de 28 de Julho, data do pedido do registo da operação.

Para o banqueiro, o reforço do capital permitirá "prosseguir com o objectivo principal: ajudar a economia crescer, apoiando empresas e famílias nas geografias onde estamos presentes", refere na nota. 

O presidente do BCP declara que acredita que o banco vai "reforçar" a sua posição "como principal banco privado" e "apostar de forma cada vez mais sustentada nas operações internacionais core, incluindo Angola, Moçambique e Polonia."

O acto de subscrição por parte dos accionistas envolveu 98,8% do total de acções colocadas à venda, tendo ficado para rateio 405 milhões de acções. Neste segmento, a procura suplementar foi 9,2 mil milhões de acções e excedeu em cerca de 21,8 vezes a quantidade de títulos disponíveis. A procura total foi de 125,6% do aumento de capital.

Sugerir correcção
Comentar