Suspensa a negociação das acções do BES à espera de informação relevante

O banco deverá clarificar ainda esta quinta-feira as relações accionistas e comerciais com a ESFG e as holdings da família.

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A ideia é que os balcões passem a funcionar sobretudo como aconselhamento Sara Matos

A negociação das acções do Banco Espírito Santo (BES) na Bolsa de Lisboa foi suspensa, a exemplo do que tinha acontecido com os títulos da Espírito Santo Financial Group (ESFG), logo ao início da manhã desta quinta-feira.

A decisão de interromper a cotação das duas empresas, que há duas semanas têm vindo a cair (mais de 40%), indicia que haverá desenvolvimentos em breve sobre o que se está a passar no Grupo Espírito Santo.

O BES esclarece mesmo que se prepara para divulgar ao mercado novas informações relevantes.

Ao final da manhã, as acções do BES estavam a cair mais de 15% (52,2 cêntimos, menos do que o valor do aumento de capital), ou seja, um recuo de 30,6% em apenas quatro dias.

A justificação da ESFG, que possui 25,1% do BES, para interromper a cotação aponta para “dificuldades materiais" detectadas no Espírito Santo Internacional (ESI), o maior accionista da empresa.

O ESI deverá solicitar a intervenção de um gestor de insolvência.   

Quando as acções foram suspensas, o índice PSI20 estava a cair 4,31%, com todos os títulos no vermelho. As acções da Portugal Telecom, também apanhada no turbilhão que tem envolvido nos últimos meses o grupo GES, estavam a cair 4,10%.

A operadora, que está em processo de fusão com a brasileira Oi, está sob escrutínio das entidades supervisoras dos mercados norte-americano, brasileiro e português devido ao investimento de quase 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, a holding não financeira do GES.

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