Paranóia

Onde se lê "Paranóia", leia-se antes "variação descarada (e não creditada) de "Janela Indiscreta" para a era da internet".

Onde James Stewart no clássico de 1954 de AlfredHitchcock cuscava a vizinhança com um parzinho de binóculos por causa da perna partida que o impedia de sair de casa, nesta variação contemporânea ShiaLaBeouf (muito bem) cusca a vizinhança pelo seu Macintosh com um par de binóculos, uma câmara video e o Google Earth porque está em prisão domiciliária com uma pulseira electrónica (consequência de um murro dado num professor que invocou em vão o santonome do pai morto num desastre de carro).

No resto, o vizinho da frente (mal empregado David Morse) continua a portar-se como se fosse um assassino, e tudo se desenrola com a eficáciafuncional e anónima da máquina hollywoodiana. "Paranóia" não está mal feito; só que falta-lhe inspiração para ser um grande filme e personalidade para ser uma boa série B.

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