Death Proof

Quentin Tarantino já provou que é um virtuoso da imagem e dos artifícios de montagem. O que este "À Prova de Morte" vem demonstrar à exaustão é que a perfeição formal, sobretudo quando disfarçada pela incorrecção de um voluntário "bad cinema", possui os seus limites: a violência desbragada, instituída em programa, a ritualização mórbida de um conceito, acaba por cansar e colocar interrogações quanto aos objectivos últimos.

Grande cinema? Sem sombra de dúvida. Entusiasmante prova de crença no poder transformador das formasfílmicas? Também. Mas onde acabará este prodigioso fôlego, esta capacidade inultrapassável de ligartudo com tudo?

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