Piratas das Caraibas

Sim, há mais Johnny Depp neste terceiro filme do novo "franchise" multimilionário da Disney do que no segundo. O que são boas notícias, até porque temos não um, não dois, mas três, quatro, uma boa dúzia de Johnny Depp, ainda e sempre pirata afectado, a dialogar consigo mesmo (e a encontrar em Geoffrey Rush um "straight man" à altura) - a sua excentricidade chega a contaminar sequências inteiras, a tornar o "blockbuster" de Verão numa experiência burlesca surreal.

Ainda bem: compensa a falta da frescura que fez doprimeiro filme uma surpresa, compensa a "overdose" deefeitos visuais e cansativas sequências de acção semgrande lógica a não ser encher o olho, compensa nãohaver Keira Knightley que chegue, ajuda a recuperar aperdida despretensão do primeiro filme. Mas não é por isso que deixa de cair no mesmo erro: para quê quase três horas quando o que aqui há de bom, bemespremido, dava para uma boa série B de 90 minutos?

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