PJ e GNR têm agora uma centena de homens à procura do suspeito de Valongo dos Azeites

Grupo de Intervenção da GNR está já no terreno. Buscas continuam durante a noite para tentar localizar Manuel Baltazar, suspeito de, há uma semana, ter matado a sogra e a tia da ex-mulher e de ter ferido a filha e a antiga companheira.

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Manuel Baltazar é procurado desde há uma semana Paulo Pimenta

O efectivo policial que procura o alegado homicida de Valongo dos Azeites há sete dias foi esta quarta-feira reforçado. O dispositivo foi duplicado e, entre elementos da GNR e da Polícia Judiciária, conta com uma centena de agentes. Nas operações de busca, entre Sernancelhe e São João da Pesqueira, a GNR contou também com elementos do Grupo de Intervenção.

Fonte policial explicou ao PÚBLICO que aqueles elementos, que fazem parte de uma unidade especial da GNR, estão munidos com outras tácticas e meios, entre os quais coletes balísticos, armas de maior precisão e óculos de visão nocturna. A mesma fonte garantiu ainda que as buscas continuam durante a noite com batidas nos terrenos, ainda que com um efectivo menor.

Na tarde de 17 de Abril, Manuel Baltazar, 61 anos, matou a sogra, a tia da ex-mulher e feriu a filha e a antiga companheira com uma caçadeira. O suspeito estava proibido de estar a menos de 400 metros da ex-mulher. Essa era a medida acessória a que havia sido condenado em 2013 por violência doméstica, além de uma pena de prisão de três anos e dois meses que ficou suspensa na sua execução. No dia do crime, os técnicos da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Profissionais, alertados da violação do perímetro, avisaram a GNR que, de imediato, acorreu ao local.

O suspeito cortou depois a pulseira electrónica e fugiu. Aliás, a pulseira electrónica não fora dissuasor suficiente para impedir que Manuel Baltazar, a 3 e a 5 de Abril, desrespeitasse a distância de 400 metros que estava obrigado a guardar em relação à ex-mulher.

Por isso, na manhã do dia em que ocorreram os disparos, tinha sido justamente convocado para ser ouvido por um juiz no Tribunal de São João da Pesqueira acerca dessas infracções. Contudo, o tribunal não dispunha de juiz para a hora em que convocou o suspeito e adiou a diligência, deixando-o ir embora.

Horas depois, Manuel Baltazar terá praticado os crimes. A inquirição por um juiz poderia ter resultado na sua detenção para cumprimento de pena, uma vez que a sua actuação - de não respeitar a probição de se aproximar da ex-mulher - era susceptível de colocar em causa a suspensão da pena de prisão a que havia sido condenado.

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