República Checa aliviada, Hungria preocupada com cheias na Europa Central

Progressivo regresso à normalidade na República Checa, preocupação a crescer na Hungria, situação ainda grave na Alemanha e na Áustria.

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Vista aérea perto de Meissen, Alemanha, esta quinta-feira JOHANNES EISELE/AFP

Os serviços de socorro húngaros e milhares de voluntários trabalharam durante toda a noite de quarta para quinta-feira no reforço das defesas contra cheias do rio Danúbio. Dos países mais afectados pelas cheias dos últimos dias que, segundo a BBC, fizeram pelo menos 13 mortos na Europa Central, só na República Checa a situação começa agora a voltar à normalidade.

As autoridades húngaras anunciaram que as protecções contra a subida das águas foram reforçadas ao longo dos 689 quilómetros que o Danúbio percorre no país.

Numa conferência de imprensa, esta quinta-feira, o primeiro-ministro Viktor Orban disse que as autoridades identificaram “nove pontos críticos” ao longo do Danúbio, todos eles nos locais em que o Governo declarou o estado de alerta: Pest, no centro; Komarom-Esztergom, norte; e Gyor-Moson-Sopron, oeste.

Na capital, Budapeste, foram erguidas barreiras com sacos de areia para protegerem o centro e dois hotéis de luxo foram evacuados. Foram também retirados animais do jardim zoológico. A circulação foi proibida nas margens já inundadas do rio, o que deu origem a grandes engarrafamentos na cidade.

O pico da cheia em Budapeste é esperado na segunda-feira e, segundo a AFP, as estimativas das autoridades indicam que ao nível das águas possa atingir os 8,85 metros, ultrapassando o nível recorde de 8,60, alcançado em 2006.

No “pior cenário”, dezenas de milhares de pessoas poderão ter de ser deslocadas. Até agora, na Hungria, tiveram de sair das suas casas cerca de 300 pessoas

Na Alemanha, a situação permanece crítica, particularmente em zonas da antiga RDA, onde as águas do rio Elba mantêm a tendência de subida, há muitas localidades isoladas e milhares de pessoas passaram a noite em centros de abrigo.  

Na Áustria, onde nos últimos dias morreram duas pessoas, a situação continua a preocupar: reforçam-se diques de protecção, a circulação rodoviária e ferroviária é difícil. Em Korneuburg, perto de Viena, as águas atingiram o nível recorde de 8,06 metros.

Na República Checa, após cinco dias de inundações que mataram pelo menos oito pessoas – cinco continuam desaparecidas – e obrigaram 20 mil a saírem das suas casas, a situação é agora de alívio. Em Praga, a vida regressa à normalidade: o metropolitano voltou a funcionar, ainda que algumas estações continuassem fechadas na manhã desta quinta-feira.

 

 

 

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